Eleições:Partidos políticos e coligações já em acção para as eleições de 2012

cn3O presidente da Comissão Nacional Eleitoral pediu ontem aos partidos políticos e coligações concorrentes às eleições gerais a esgrimirem, durante a campanha eleitoral, as linhas de força dos seus programas de forma "ordeira e civilizada", respeitando o Código de Conduta Eleitoral.

Na sua mensagem aos partidos concorrentes às eleições gerais, proferida ontem, André da Silva Neto pediu para "respeitarem escrupulosamente" os princípios estabelecidos para que as eleições sejam livres, justas, transparentes, pacíficas e democráticas.


"Façamos das eleições gerais de 2012 uma festa da democracia", exortou o presidente da CNE, para quem, ao promoverem as suas candidaturas e programas políticos, os concorrentes devem fazê-lo resistindo à tentação de práticas contrárias à lei, ao civismo e à sã convivência. André da Silva Neto pediu aos partidos políticos para adoptarem "comportamentos e atitudes éticas moralmente aceitáveis, assentes no princípio da tolerância, respeito pela diferença, aceitação da liberdade de escolha, responsabilidade e tranquilidade".


E o partido UNITA iniciou hoje, nos arredores de Viana, Luanda, a sua campanha eleitoral, num acto em que foi apresentado o seu "estado-maior" liderado pelo secretário-geral da organização, Victorino Nhany.

A UNITA, segunda força política mais votada em 2008, ocupa a primeira posição no boletim de voto das eleições para 31 de Agosto.

UNITA lançou o seu manifesto eleitoral na última sexta-feira, no qual dá primazia a factores como emprego, habitação, saúde, educação e segurança social. No boletim de voto, ocupa o primeiro lugar, no espaço de antena da Televisão Pública, a sexta posição, e no da Rádio Nacional, a oitava.


Numa altura em que a coligação FUMA elege Saúde como prioridade da sua governação.

O sector da saúde consta dos itens eleitos pela coligação Frente Unida para Mudança de Angola (FUMA) como prioridade da sua governação, em caso de vitória nas eleições gerais do próximo dia 31 de Agosto, cuja campanha iniciou nesta terça-feira.

No seu programa eleitoral, a FUMA refere que para atingir este objectivo, o seu governo "tudo fará" para preservar os centros hospitalares existentes e construir outros novos de referência em todas as regiões do país.


O acesso de toda a população aos serviços básicos de saúde e os de referência é igualmente proclamada pela coligação integrada pelos partidos PNDA, PELA, PRE, PFDA e PRSD. António Muachicungo.

Em caso de vitória, a força política liderada António Muachicungo pretende manter ou aumentar a cobertura do programa nacional de vacinação em todas as zonas municipais do país, bem como trabalhar para redução da mortalidade materna, infantil e promover uma protecção adequada às grávidas.


A FUMA preconiza, igualmente, "um serviço de saúde de qualidade em hospitais de referência, apetrechados com tecnologia de ponta e com recursos humanos capazes para, assim, evitar que o país gaste divisas com o envio de doentes para o exterior".

Atingido aquele objectivo, lê-se no informe da coligação política, "os recursos financeiros dispendidos por doentes angolanos em tratamento no estrangeiro seriam aplicados localmente para melhor formação de médicos, enfermeiros e demais técnicos da saúde".


A coligação defende ainda "maior reconhecimento" do pessoal de saúde nacional, com a implementação de salários mais compatíveis e que permitam aos técnicos manter-se na carreira sem sobressaltos e que não abandonem a profissão por falta de recursos.


Já o PRS promete lutar por uma maior humanização dos serviços de saúde


O Partido de Renovação Social (PRS) promete lutar por uma maior humanização dos serviços de saúde, com vista a um melhor atendimento aos pacientes, caso vença as eleições gerais, marcadas para 31 de Agosto.


Segundo fundamentado no seu programa de governação, a que a Angop teve acesso, os sociais renovadores entendem que "não se pode continuar a assistir aos intermináveis períodos de espera de atendimento nos hospitais e centros de saúde públicos".


Aquela formação política argumenta, a propósito, que as fracas condições de atendimento em várias instituições hospitalares têm de ser melhoradas para a melhoria da assistência médico-medicamentosa da população.

Com o PRS, lê-se no documento, apresentado segunda-feira, em Luanda, Angola terá um novo Sistema Nacional de Saúde que será coerente e integrado.


"Um novo Sistema Nacional de Saúde que trará a si os subsistemas público e privado, racionalmente articulados, no quadro de uma regulamentação transparente e integrada, separando as funções reguladoras, financiadora e prestadora", acrescenta.


Para se cumprir este objectivo, o PRS propõe-se a apetrechar os postos médicos em todas as aldeias e centros médicos nas localidades com grandes aglomerados populacionais e hospitais em todas as sedes municipais.

A par disso, pretende igualmente apostar nos recursos humanos, dando absoluta prioridade à formação de quadros (enfermeiros, médicos e auxiliares de saúde), bem como articular o sistema de segurança social do sector da saúde, com fundos de pensões para o pessoal médico.


Fundado a 18 de Fevereiro de 1990, em Luanda, por um grupo de cidadãos de origem camponesa, "com o propósito de defender os interesses do povo angolano", o PRS estreou-se nas primeiras eleições gerais multipartidárias que tiveram lugar de 29 a 30 de Setembro de1992, com a eleição de seis deputados para à Assembleia Nacional (Parlamento).


Por seu turno o partido FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola) prepara-se para lançar esta quinta-feira, em Luanda, o seu programa de governo, durante uma conferência de imprensa a realizar-se no Museu de História Natural, informou hoje, terça-feira, o director de campanha daquela formação política, Paulo Jacinto.


Em declarações à Angop, Paulo Jacinto afirmou que no documento constam as principais orientações políticas e as medidas a propor para governar o país, caso a FNLA vença as eleições de 31 de Agosto.


Disse que no quadro da campanha eleitoral, cujo início está marcado para esta terça-feira, a formação partidária prevê deslocações às províncias do Namibe, Malanje, Uíge e Zaire.


Na ordem do tempo de antena na Rádio Difusão de Angola, a FNLA apresenta-se das 15h00 às 15h10, enquanto na TPA o espaço reservado é das 20h30 às 20h35.
Em 2008 a FNLA elegeu três deputados à Assembleia Nacional, dos 1.220 que compõem o parlamento angolano.


E a cerimónia de abertura da campanha eleitoral do MPLA iniciou, cerca das 11H45, no município de Viana, em Luanda, quando chegou ao local o seu presidente, José Eduardo dos Santos.


O acto político-cultural, que marca a abertura da campanha a nível nacional, tem como ponto alto a intervenção do cabeça de lista do MPLA, que será antecedida de intervenções de apoio das organizações deste partido, concretamente JMPLA e OMA, e do primeiro- secretário da agremiação partidária em Luanda, Bento Bento.


Trajados com as habituais cores do partido (vermelho, preto e amarelo), onde também sobressai o branco (símbolo da paz), os aderentes do partido no poder em Angola responderam ao chamamento para o "tiro" de largada da campanha eleitoral, que vai movimentar o país, ao longo de um mês.


No local, centenas de milhares de militantes e responsáveis do partido, esperam pela chegada do líder do partido, José Eduardo dos Santos, registando-se um vai e vem de autocarros e outros meios que transportam os militantes de diversos municípios da capital angolana, ávidos em presenciar o início da "batalha" eleitoral.


Para além das intervenções políticas, nomeadamente do Presidente do partido, José Eduardo dos Santos, e do primeiro secretário provincial de Luanda, Bento Bento, o acto reserva uma sessão cultural, na qual vão exibir-se músicos e outros artistas, convidados para colorir e animar a "festa".


A parte cultural será assegurada por músicos angolanos como Matias Damásio, Big Nelo, Ary, C4 Pedro, Bangão, Calabeto, António Paulino, Yola Araújo, Irmãos Almeida, entre outros de renome.


De acordo com o posicionamento das nove formações políticas concorrentes ao pleito de 31 de Agosto, ditado pelo sorteio realizado pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), no dia 8 de Julho, o MPLA é o número dois (2) no boletim de voto.