Sudão do Sul volta ser atacada

-SUDAN-SOUTH_Aviões bombardeiros sudaneses lançaram, ontem, um novo ataque contra a cidade fronteiriça de Benti, capital petrolífera do Sudão do Sul, noticiou France Press.

Violentas explosões abalaram a cidade e várias bombas foram lançadas perto de uma ponte estratégica e de um mercado, que mataram, pelo menos, uma criança fizeram vários feridos civis, referiu aquela agência. O ataque realizou-se numa altura em que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, exortou o Sudão e o Sudão Sul a retomarem as negociações de paz sob a égide do grupo de alto nível da União Africana ."Ban Ki-moon instou os dois Governos a retomarem o mecanismo conjunto de verificação e controlo para facilitarem a segurança ao longo da fronteira comum", refere um comunicado da ONU divulgado em Nova Iorque.

"Outra guerra é a última coisa de que as populações dos dois países precisam", declarou o secretário-geral das Nações Unidas.

O documento sublinha que foram tomadas todas as medidas para os observadores da Força Interina de Segurança das Nações Unidas para Abyei (UNISFA) estarem prontos para o desdobramento no terreno. A UNISFA foi criada em 2011, pelo  Conselho de Segurança  da ONU, para actuar na zona contestada de Abyei  na sequência do aumento da violência após tropas sudanesas terem tomado o controlo da zona  semanas antes da independência do Sudão Sul, em 9 de Julho. A paz entre os vizinhos  Sudão e o Sudão do Sul foi recentemente ameaçada por confrontos ao longo da fronteira comum.

Sobre o assunto o Presidente dos Estados Unidos afirmou, ontem, que as mortes de inocentes devem cessar nas zonas fronteiriças entre o Sudão e o Sudão do Sul e pediu aos dois países que negociem para acabarem com a violência. "Em Darfur, Abyei, Kordofan do Sul e Nilo Azul as mortes de inocentes devem terminar. O Sudão e Sudão do Sul devem negociar porque os povos dos dois países merecem a paz" disse o presidente Barack Obama.

Washington pediu a Cartum para "cessar imediatamente os bombardeios aéreos no Sudão do Sul".

Os dois países não conseguem resolver questões como a divisão do traçado da linha fronteiriça.  e a repartição dos lucros petrolíferos.