África central quer livre circulação

comunidade-econmica-dos-estados-da-frica-centralPeritos da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) iniciaram ontem, na capital chadiana, Ndjamena, a discussão de uma série de matérias a serem submetidas no encontro do Conselho de Ministros, que decorre amanhã.

Os ministros, por sua vez, vão preparar a 15ª cimeira dos Chefes de Estado da organização regional, que deve acontecer domingo. A cimeira já foi adiada duas vezes, em 2011, devido à falta de consenso em determinadas matérias, sobretudo na questão relacionada com a livre circulação de pessoas e bens na região.

As autoridades angolanas defendem, contudo, que o tratamento desta questão deve ser bem ponderado, na medida em que se fala da livre circulação numa região com mais de 100 milhões de habitantes.

Em declarações aos jornalistas, no final da reunião dos peritos, que decorre numa das unidades hoteleiras de Ndjamena, o director para África e Médio Oriente, Joaquim do Espírito Santo, disse esperar que desta vez a cimeira dos chefes de Estado aconteça, salientando que os dois adiamentos do evento no ano passado criaram constrangimentos para a organização regional.

De com o J.A. Os trabalhos dos peritos, segundo Espírito Santo, estão focados na actualização de alguns pontos debatidos nas duas reuniões fracassadas, cujos documentos já haviam sido apreciados pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da CEEAC.

Ontem, os peritos procederam ao balanço do trabalho desenvolvido pelo secretariado desde Julho de 2011 até Dezembro do mesmo ano, e apreciaram o programa de acção, que o secretariado da organização apresenta como proposta para o exercício de 2012.

Angola está representada por técnicos dos Ministérios do Interior, Defesa e Relações Exteriores. A Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) foi criada em 1983, em Brazzaville, com o objectivo de fazer da região um espaço de paz e de promoção da cooperação e desenvolvimento sustentável, com vista a melhorar a qualidade de vida da população.

Além de Angola, integram a organização Camarões, Burundi, República Centro Africana, Congo Brazaville, Congo Democrático, Gabão, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe e Chade.