O longo caminho em direção a um Estado palestino

O longo caminho em direção a um Estado palestino

Seguem as principais datas que marcaram o caminho dos palestinos até a criação de um Estado:

- 29 de novembro de 1947: A Assembleia Geral da ONU adota a resolução 181 sobre a divisão da Palestina, na época sob mandato britânico, e para a criação de dois Estados, um judeu e outro árabe, com Jerusalém com um status internacional. Esta resolução é rejeitada pelos países árabes.

- 28 de maio de 1964: Criação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) em ocasião do Primeiro Congresso Nacional Palestino (CNP, Parlamento). Adoção de uma Carta reivindicando o direito à autodeterminação e à soberania para os palestinos e rejeitando a criação de Israel.

- 1-9 de junho de 1974: A OLP aceita a ideia de uma autoridade nacional em "toda parte libertada da Palestina".

- 22 de novembro de 1974: A Assembleia Geral da ONU reconhece o direito dos palestinos à autodeterminação e à independência e a concede um status de observador à OLP.

- 6-9 de setembro de 1982: A Liga Árabe adota o plano de Fez, que retoma o apresentado em agosto de 1981 pelo príncipe herdeiro saudita Fahd. O plano reconhece implicitamente Israel e prevê a criação de um Estado palestino e a retirada israelense de todos os territórios ocupados em 1967.

- 15 de novembro de 1988: Proclamação em Argel do "Estado palestino independente", aceitação das resoluções 242 e 338 da ONU convocando uma retirada israelense dos territórios ocupados em 1967 e uma solução negociada.

- 13 de setembro de 1993: Depois de seis meses de negociações secretas em Oslo, Israel e a OLP se reconhecem mutuamente e assinam em Washington uma declaração de princípios sobre uma autonomia palestina transitória de cinco anos. O primeiro-ministro israelense, Yitzhak Rabin, e o chefe da OLP, Yasser Arafat, se cumprimentam com um aperto de mãos histórico.

- 1 de julho de 1994: Arafat cria em Gaza a Autoridade Palestina, da qual será eleito presidente em janeiro de 1996.

- 12 de março de 2002: Resolução 1397 do Conselho de Segurança mencionando pela primeira vez o Estado palestino.

- 30 de abril de 2003: Publicação do mapa do caminho elaborado pelo Quarteto para o Oriente Médio (Estados Unidos, ONU, Rússia e UE), que prevê um Estado palestino até 2005. Os palestinos aceitam o plano, Israel o adota em maio, mas faz 14 objeções.

- 14 de junho de 2009: o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aceita o princípio de um Estado palestino, embora sob condições rígidas.

- 25 de agosto de 2009: o primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, apresenta um programa de ação de dois anos para assentar as bases de um Estado palestino.

- 8 de outubro de 2010: Durante uma reunião árabe em Sirte (Líbia), o presidente palestino, Mahmud Abbas, apresenta uma série de alternativas às negociações de paz estagnadas, entre as quais figura a demanda de adesão à ONU de um Estado da Palestina nas fronteiras de 1967.

- 23 de setembro de 2011: Mahmud Abbas apresenta à ONU o pedido de admissão do Estado da Palestina, que não foi levado ao Conselho de Segurança por não ter os nove votos necessários de seus integrantes.

- 31 de outubro de 2011: os palestinos se tornam membros de pleno direito da Unesco. No dia 13 de dezembro, a bandeira palestina é hasteada na sede da organização em Paris.

- 26 de novembro de 2012: a representação palestina na ONU divulga o projeto de resolução para a concessão de um status de Estado observador das Nações Unidas para a Palestina, que será submetido à votação da Assembleia Geral na quinta-feira.

O líder do Hamas no exílio, Khaled Mashaal, dá seu apoio a esta proposta.