Cáritas de Moçambique caminha da emergência à sustentabilidade

Cáritas de Moçambique caminha da emergência à sustentabilidade

No seu serviço da caridade como um dos pilares da missão da Igreja, a Cáritas-África tem vindo a realizar encontros tendentes a organizar cada vez melhor, num espírito evangélico, o serviço que as Cáritas nacionais, diocesanas e paroquiais oferecem às populações africanas. É neste sentido que organizou de 29 a 31 de Outubro um encontro das Caritas da região da IMBISA, África Austral. Foi em Pretória, África do Sul. No encontro tomaram parte bispos e pessoal das Cáritas dessa região. Objectivo: formação, capacitação e partilha de experiencias.

Plano estratégico 

Um dos participantes no encontro foi D. Alberto Vera Arejula, Bispo de Nacala, em Moçambique e Presidente da Caritas nacional moçambicana. Entrevistado por Sheila Pires daRádio Veritas (África do Sul), D. Alberto falou do plano estratégico que a Caritas moçambicana tem nas doze Dioceses do país. O plano  centra-se na segurança alimentar, na protecção do meio ambiente, na educação, na saúde e no fortalecimento institucional  de cada uma das Caritas diocesanas a fim de as dotar de estruturas mínimas de acção.

D. Alberto falou ainda da zona norte de Moçambique, onde estão a acompanhar, animar e promover a segurança alimentar nas famílias mediante pequenos projectos de agricultura e criação de gado para rendimento familiar.  O esforço geral da Cáritas de Moçambique tem sido, na última década, o de passar de socorro às pessoas afectadas pelas diversas formas de emergência que todos os anos afligem o país,  para projectos de desenvolvimento e sustentabilidade.

Riqueza e pobreza no norte de Moçambique 

O norte do país é uma zona rica em recursos naturais mas, paradoxalmente, o povo vive na pobreza extrema  - frisou o Bispo - e os jovens são, muitas vezes, presa fácil para actos de violência. Foi o que aconteceu, há meses atrás, na Província de Cabo Delgado. As vítimas mortais foram numerosas, muitas casas foram queimadas e os habitantes viram-se obrigados a deslocar-se para cidades.

Actualmente, - referiu D. Alberto -  200 pessoas estão a ser julgadas por esses actos de violência, mas desconhece-se as causas profundas e as mentes por detrás desses acto