Papa pede fim da violência e da «vingança»

Papa pede fim da violência e da «vingança»

O Papa Bento XVI cumpre hoje o seu segundo dia de visita ao Líbano naquela que constitui a sua quarta viagem apostólica, já considerada uma viagem de coragem. Bento XVI encontr-se hoje com líderes políticos libaneses e tem uma agenda carregada para a tarde quando encontrar os íderes religiosos e os jovens. O papa já entregou também a exortação apostólica, uma das principais missões que o Sucessor de Pedro cumpre no Líbano.

O Papa ainda no Líbano numa altura em que sobem de tom as manifestações contra o filme americano que ofende o Islão e o profeta Maomé.

Uma das vítimas dos atos violentos contra um filme feito nos Estados Unidos, com ofensas à religião islâmica e ao profeta Maomé, morreu no Líbano, onde o papa iniciou, nesta sexta-feira (14), uma visita de três dias. Bento XVII criticou o extremismo religioso.

Recorde-se que o papa desencoraja todo tipo de fundamentalismos e fez questão de dizer que  ‘O fundamentalismo é a religião falsificada’, enfatizou o papa Bento XVI ao desembarcar no Líbano, em meio a crescente revolta no Oriente Médio.

O papa ouviu de um dos patriarcas das igrejas orientais, que só o reconhecimento da Palestina como Estado poderá levar a uma verdadeira Primavera Árabe, como ficaram conhecidas as revoltas populares contra as ditaduras. Manifestações positivas, segundo Bento XVI, mas só se forem acompanhadas de tolerância religiosa. O papa defendeu a suspensão imediata da venda de armas aos dois lados que lutam na guerra civil da Síria, país vizinho.

Enquanto o papa subia o Monte Líbano, a caminho do santuário de Harissa, os protestos anti-americanos do mundo árabe também contaminaram a segunda maior cidade libanesa, no norte do país. O acordo entre os líderes cristãos e muçulmanos para que nada aconteça durante a visita de Bento XVI pode estar ameaçado.

Em Trípoli, uma multidão atacou com pedras e bombas caseiras uma lanchonete de uma rede americana. O governo enviou tropas do exército para conter a revolta.

Testemunhas afirmaram que os manifestantes gritavam contra a presença do papa.

No alto da montanha, em Harissa, na catedral de São Paulo, Bento XVI assinou o documento que vai inspirar as igrejas no Oriente Médio para que os cristãos não abandonem

a terra.