O representante da UNICEF em Angola, Koenraad Vanormelingen, voltou afirmou na província do Kwanza-Sul, que 34 por cento das crianças em Angola vivem com malnutrição crónica, das quais 20 por cento estão na província do Kwanza-Sul. Esta revelação foi feita por ocasião do lançamento do programa nacional sobre gestão comunitária da malnutrição aguda, que teve lugar no Sumbe.
O documento de lançamento do programa refere que a malnutrição é um problema relacionado com a pobreza: “sabemos que este foi um ano muito difícil para a produção agrícola, por causa da seca, e por isso, a malnutrição crónica que já existia, passou a malnutrição aguda”. A seca provocou a diminuição da produção agrícola, o que causou um grande impacto no rendimento dos agricultores e na segurança alimentar. Para contrapor este quadro, o Executivo aprovou um orçamento especial para responder à insegurança alimentar.
De acordo com o J.A. Uma avaliação feita pelo Ministério da Saúde e a UNICEF estima o risco de quase meio milhão de crianças adquirirem malnutrição aguda, principalmente nas províncias mais afectadas pela estiagem: Bié, Huambo, Kwanza-Sul, Zaire e Moxico. Face a este quadro, o Ministério da Saúde e parceiros da sociedade civil estão a responder ao problema. O Executivo está a instalar nas quatro províncias mais afectadas pela seca (Bié, Huambo, Kwanza-Sul e Zaire) centros terapêuticos nos hospitais municipais e comunais, a fim de tratar as crianças com malnutrição severa e com complicações. As crianças com malnutrição severa têm uma probabilidade de dez por cento de morrer.
A UNICEF está a ajudar na construção de 600 centros ambulatórios para o tratamento da malnutrição severa. Esta contribuição passa pela formação de mais de dois mil agentes comunitários que vão ajudar na despistagem da malnutrição, medicação sobre boa nutrição e necessidades para tratar as crianças com malnutrição aguda.
A província do Kwanza-Sul tem 20 por cento das crianças afectadas com malnutrição aguda.