Os bancos comerciais angolanos, sobretudo os quatro maiores (BPC, BAI, BFA e BIC), têm actualmente representações nos municípios e comunas do país, fruto da dinâmica económica e da estabilidade que o país vive, afirmou hoje, em Luanda, o presidente do Banco BIC, Fernando Teles.
Ao ser entrevistado pela Angop, no âmbito das celebrações do 37º aniversário da independência nacional a assinalar-se domingo (dia 11), o gestor do segundo maior banco em termos de rede de balcões (183 agências, apenas superadas pelo BPC com mais de 200 balcões), enfatizou a importância da banca se estender para os municípios, por ser uma actividade que ajuda no fomento do investimento, criação de renda e emprego para populações locais.
Na óptica do presidente do BIC, é fundamental que o sector bancário trabalhe para a sua expansão pelo país, de modo a ajudar as pessoas a investir na agricultura, pecuária e na indústria, porquanto o país dispõe de condições para a realização de projectos nestas áreas.
Por outro lado, enalteceu a iniciativa de criação do projecto Angola investe, um projecto apadrinhado pelo Ministério da Economia e com o apoio dos bancos está fazer com que mais pessoas invistam no sector agrícola e industrial, para que o país se desenvolva de modo uniforme.
Ao estabelecer exemplos comparativos da expansão da actividade bancária no tempo colonial e agora, disse que naquela altura a actividade era dinâmica e havia muitos balcões, sobretudo nas regiões produtoras de café, mas hoje há muito mais agências bancárias do que no passado, e também actualmente a concorrência é maior, pois o mercado conta com 21 bancos comerciais.
Noutra vertente da sua abordagem sobre o desenvolvimento actual do sector bancário no país, observou que a banca angolana transformou-se hoje num dos sectores mais modernos da economia angolana e com as melhores práticas de governação, ao contrário do que acontecia passado em que as operações eram feitas manualmente.
Salientou que, hoje por hoje, as direcções do sistema de informação são mais evoluídas, as operações são realizadas em tempo real, há multicaixas para os clientes realizarem operações em qualquer hora do dia.
“No tempo colonial, tudo era mais manual, mais mecânico. A ligação com as sedes dos bancos não era em tempo real, havia muitas agências onde as comunicações eram difíceis e as operações não eram efectuadas em on line. Hoje você realiza uma operação no Chinguar ou Camacupa e logo fica registada no sistema central, com sede em Luanda. E copiado em vários computadores, isso é evolução tecnológica. No tempo colonial não havia nada disso”- recordou, para quem hoje a revolução tecnológica está a ajudar a realizar mais rápido as operações e a servir melhor os clientes.
Fonte: Angop