Três novos aviões do tipo Boeing 777 300 ER, avaliados em três biliões e 500 milhões de kwanzas cada, vão ser adquiridos, até 2016, pela Transportadora Aérea de Angola – TAAG, informou hoje, em Luanda, o Presidente do Conselho de Administração da empresa, Araújo Pimentel.
O gestor deu a informação no final de um encontro que o ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, manteve com o presidente da empresa americana General Electric (GE), Jeff Immelt.
Pimentel Araújo explicou que o contrato assinado com a Boeing, a 27 de Março de 2011, prevê a compra de mais três aviões, sendo que o primeiro será entregue em Maio de 2014, o segundo em Dezembro de 2015 e o terceiro em Março de 2016.
Segundo Angop, o PCA da TAAG acrescentou que a companhia prevê ainda adquirir mais três aeronaves que, em princípio, estão previstas para ser entregues em 2019/2020, mas que poderão ser recebidas antes, se a necessidade de crescimento e expansão da empresa justificar.
“Neste momento estamos a fazer uma projecção de crescimento na ordem dos 14 porcento do tráfego. Portanto, é possível que essas datas venham a ser antecipadas”, prognosticou.
O responsável disse que, no último contrato com a Boeing, tiveram créditos muito elevados, mas agora o preço de catálogo do avião é de três biliões e 500 milhões de kwanzas e têm um crédito de 52,4 porcento que o torna mais barato, ficando na ordem de um bilião e 600 milhões a 1 bilião e 700 milhões de kwanzas, com os descontos.
Quanto à forma de pagamentos, a fonte disse que será através de financiamentos e que para o pré-pagamento dos 25 porcento do valor de catálogo terão uma parceria, provavelmente, com o banco HSBT e com o Banco de Negócios Internacional (BNI) e depois para o pagamento dos 75% restantes, haverá uma garantia do Eximbank dos EUA para se conseguir um bom financiamento neste país.
Referiu que os últimos dois aviões foram financiados em 75 porcento, através de um fundo privado norte-americano e, provavelmente, o mesmo acontecerá com o primeiro avião do próximo lote, ao passo que para os demais recorrer-se-á a um financiamento comercial ou a meios internos para se adquirir os recursos necessários a fim de completar o valor de pagamento das aeronaves.
Deu a conhecer que a TAAG não fará recurso ao Orçamento Geral do Estado (OGE) para comprar os aviões, mas o Estado angolano vai dar garantias soberanas aos financiamentos que se vão obter.
“ Nós recebemos quinta-feira uma autorização do ministro das Finanças, Carlos Lopes, para passar o mandato ao banco que vai ser o responsável pelo angariamento de créditos afins para o primeiro avião. Para o segundo mandato e o terceiro só no final do ano é que começaremos a pagar e iremos discutir mais tarde”, sublinhou.