O Banco Nacional de Angola (BNA) vai obrigar, a partir de 1 de Julho, as empresas petrolíferas que operam no país e demais instituições estrangeiras a efectuarem todos os pagamentos de bens e serviços em moeda nacional, anunciou a instituição ao Jornal de Angola.

O banco central angolano afirmou que esta medida se enquadra na política de combate à dolarização da economia delineada no ano passado pela instituição, notando que, em resultado das campanhas de sensibilização que tem realizado nos últimos tempos, algumas organizações empresariais e institucionais estrangeiras já começaram reagir.

“ Temos informações que consulados e embaixadas já começaram a receber pagamentos dos serviços de emissão de vistos e até mesmo a pagar salários em moeda nacional, o kwanza, muito antes do prazo definido”, disse. Estudos realizados pelo Banco Nacional de Angola revelam que a taxa de câmbio é um dos factores que maior influência tem na inflação da economia angolana. Daí ser necessário continuar o processo de desdolarização na nossa economia.

O Jornal de Angola ouviu, a este respeito, o economista Nsingui Malongui, que considerou a medida do BNA oportuna e vai dar inúmeros “ganhos à nossa economia”. O também professor universitário afirmou que, com esta medida, o kwanza vai ser mais valorizado, dar mais rendimento à banca comercial, assim como confiança aos agentes económicos e à população.

Relativamente à circulação da nova família de moedas do kwanza, que teve início ontem, o economista sublinhou que vai contribuir para a sustentação do crescimento económico e a expansão do Produto Interno Bruto.

De acordo com J.A. Além disso, as moedas vão ter vantagens em relação à disposição de um meio circulante de padrão internacional, usado nas economias mais fortes e na facilitação de trocos nas transacções.