O Deutsche Bank divulgou esta quarta-feira uma análise sobre Angola, em que destaca o crescimento económico do país, mas alerta para a falta de quadros, desregulação do mercado e a «opacidade, corrupção e falta de eficiência.»
O «robusto» crescimento económico, resultante da recuperação do sector petrolífero e evidenciado pela subida do preço do barril e pelo amento da produção anual, é escolhido como principal ponto forte da economia do país, a par da melhoria do sistema tributário, do crescimento das reservas de divisas estrangeiras e da manutenção da taxa de inflação abaixo dos dois dígitos.
Por outro lado, a forte dependência da economia angolana do petróleo é apontada como principal ponto fraco. «O petróleo representa ainda cerca de 95 por cento das exportações e mais de metade do Produto Interno Bruto, apesar do sector não-petrolífero estar cada vez mais a ter um peso maior», considera o banco alemão.
O banco prevê que o Produto Interno Bruto deverá crescer cerca de 8 por cento em 2012 e 2013.
«A inflação está a diminuir rapidamente: dos 14,5 por cento registados em 2010, fixou-se em, 8,9 por cento em janeiro», sinaliza o relatório.
«A corrupção, a falta de eficiência e a opacidade na gestão de fundos públicos são riscos para a idoneidade de crédito», acrescenta a instituição bancária.