A Fundação Lwini e a sua congénere de Espanha, Once, que se encontra em Angola para troca de experiências, analisaram na segunda-feira, em Luanda, aspectos ligados à cooperação entre as duas instituições vocacionadas para o apoio a pessoas com deficiência.

Fundada em 1922, a Fundação Once tem uma vasta experiência em matéria de apoio a pessoas com deficiência, que o Fundo Lwini, com apenas 15 anos de existência, quer aproveitar para enriquecer os seus programas de inserção e inclusão social da população mais carênciada, nos mais variados domínios. Na segunda-feira, a Fundação Lwini mostrou à sua congénere de Espanha, através de imagens de vídeo, o trabalho que tem realizado no país, em benefício de pessoas com deficiência. Na ocasião, a vice-presidente, Joana Lina disse que a presença de uma delegação da Fundação Once em Angola veio reforçar os laços de cooperação entre as duas organizações.

"A Fundação Lwini tem apenas 15 anos de existência e, se quisermos comparar-nos com a Fundação Once, sentimo-nos muito pequenos", salientou, antes de referir que o objectivo da sua fundação é explorar a experiência acumulada durante décadas pela parceira. "Queremos, com este encontro, ampliar as formas mais eficientes de cooperação com a nossa congénere, para a formação de pessoas com deficiência e a sua inserção social e no mercado de trabalho".

Por sua vez, o responsável de Programas e Projectos Internacionais da Fundação Once, Ignacio Velo Antolín, disse que, apesar de Angola e Espanha terem realidades diferentes, as duas organizações podem usar os mesmos métodos na resolução de problemas, porquanto têm um grupo-alvo com características comuns. "A Fundação Once está de mãos abertas para apoiar a sua congénere angolana em tudo o que for possível", garantiu.

De acordo com J.A Ignacio Velo Antolín disse que para a Fundação Once quantas mais pessoas no mercado de trabalho, mais rendimentos. Por isso, os governos de Angola e Espanha devem criar leis que estimulem novas formas de conceber os empregos, tendo em conta a inclusão de pessoas que, aparentemente, são incapazes de trabalhar.

"Há mais de um ano que temos trocado informações com a Fundação Lwini. Hoje sentimo-nos unidos pelo facto das duas fundações partilharem os mesmos objectivos, que é ajudar as pessoas portadoras de deficiência", realçou Ignacio Velo Antolín.