O músico Paulo Flores durante os cinco espectáculos realizados recentemente na Casa 70 transportou o público a uma viagem pelo passado, fazendo-o reviver cenas do quotidiano e histórias caricatas.
Num ambiente bastante descontraído, em parte devido ao palco com cenários de um “quintal de semba”, o artista só precisou de soltar a voz para dividir as noites com o público sempre ávido de o acompanhar.
“Cabeludo”, “Sembinha”, “O Dinheiro Não Chega”, “Coisas da Terra”, “Poema do Semba”, Inocenti”, “O Povo” e “Canto de Rua” foram os temas mais aplaudidos.
Além dos antigos sucessos, apresentou inéditos, entre os quais “Kandengue Atrevido”, “Ainda o Pais que Nasceu Meu Pai”, “Cori Cori”, e “Maravilhoso 1972”.
Os espectáculos, o último dos quais realizado por exigência do público, tiveram os mesmos cenário e repertório. Yola Semedo, Yuri da Cunha e Simmons Mancini participaram em duetos com ele, bem como alguns elementos da Banda Maravilha.
O cantor, naturalmente satisfeito com a reação do público, disse que “a energia transmitida foi o resultado das histórias de 25 anos dos temas vividos pelos presentes” e confirmou que a ideia principal dos concertos “era transportar as pessoas para o passado e ao clima onde foram criados temas que contribuíram para a construção da identidade nacional”.