Polícia suspende concurso, procura foi maior que as capacidades organizadas

Polícia  suspende concurso, procura foi maior que as capacidades organizadas

Estão suspensas até quinta-feira, dia 13, as inscrições de novos candidatos à polícia nacional.

A Polícia Nacional, através do seu porta-voz, Aristófanes dos Santos, anunciou nesta Terça-Feira em Luanda, que o processo de inscrição de novos candidatos para a corporação está suspenso, devido a questões organizativas.

O responsável referiu que o número de candidatos que acorreram ao local de inscrição, é superior ao inicialmente previsto pelo comando geral da Polícia Nacional.

Centenas de jovens apresentaram documentos que os habilitam a participar no concurso público para agentes da Polícia Nacional. No primeiro dia da entrega dos processos de candidatura para admissão, no pavilhão Dream Space em Viana, registou-se uma enchente de jovens, quase todos à procura do primeiro emprego.

O processo de atendimento começou às nove horas da manhã. A procura era tanta que muita gente aguardava do lado de fora do pavilhão para entregar os seus documentos. Minutos depois foram abertos os portões de acesso ao pavilhão onde estavam localizadas as mesas de atendimento.

Alguns candidatos não conseguiram apresentar os seus processos no primeiro dia porque poucos minutos depois das 10h00 horas as inscrições foram suspensas.

O porta-voz da Polícia Nacional, subcomissário Aristófanes dos Santos, esclareceu que as candidaturas foram suspensas por razões logísticas e são retomadas na próxima quinta-feira, às 8h00, no Centro de Instrução da Polícia Nacional do Kukixi. As inscrições ficam abertas até 30 de Junho.

Os agentes encarregados da recepção dos processos informaram ontem que não há necessidade de fazer confusão porque todos vão ser atendidos. Apesar desta garantia, alguns jovens ficaram tristes por não conseguirem entregar a sua documentação. Serafim Cassequesse tem 27 anos e nunca teve emprego. O jovem conta que passou a noite de domingo para segunda-feira em frente ao pavilhão Dream Space com esperança de ser um dos primeiros a ser atendidos. De formação média na área de pedagogia, o jovem quer ser agente da Polícia Nacional (PN) e espera contribuir para o progresso e a reconstrução de Angola. Serafim Cassequesse conseguiu entregar os documentos para concorrer a uma das 8.500 vagas, às dez da manhã, poucos minutos antes de encerrarem as mesas. “Estou feliz porque já dei entrada do meu processo, sei que tenho que esperar mais algum tempo para a avaliação mas tenho fé que um dos novos agentes da Polícia Nacional serei eu”, disse sorridente.

Miranda Madalena tem 26 anos e também sonha fazer parte da Polícia Nacional. “Estou aqui desde as seis da manhã, mas infelizmente até agora ainda não consegui entrar para entregar os meus documentos”, disse a jovem que nunca teve um emprego. É formada em engenharia informática.

José Pedro Artur também quer ser agente da Polícia Nacional. Saiu de casa quando eram cinco horas da manhã para ser dos primeiros a entregar o processo.

Não conseguiu: “no meio da confusão fiquei sem saber para onde ir porque havia muitos empurrões e perdi-me”.

O concurso público para admissão de agentes da Polícia Nacional tem âmbito nacional. A primeira fase está reservada à cidade de Luanda, mas no seu primeiro dia foram recebidos candidatos das 18 províncias.