“O Conjunto Angola 70” é o título do documentário de Nguxi dos Santos exibido, em Luanda, no Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR).
O filme feito em Toulouse, França, durante a 18ª edição do Festival Rio Loco, realizado entre 25 de Maio e 26 de Junho do ano passado, pretende recuperar músicas angolanas esquecidas da década de 1970.
O filme, que vai ser produzido em DVD, tem declarações de músicos que dinamizaram o panorama artístico nacional, entre os quais se contam Tedy, guitarra solo do conjunto Inter Palanca, Boto Trindade, guitarra solo do agrupamento Os Bongos do Lobito, Joãozinho Morgado, percussionista dos Negoleiros do Ritmo, Raúl Tulinga, tocador de dikanza dos Kissanguela, Dulce Trindade, viola ritmo, e Kalili, baixista, ambos do Águias Reais, Chico Montenegro, voz e bongos dos Jovens do Prenda, Zecax, vocalista do Jovens do Prenda, e Mulatu, também vocalista, mas do Águias Reais.
Rosa Roque, fundadora do conjunto As Gingas do Maculusso, disse que o documentário vai ajudar as gerações vindouras a saber como era tocado o semba nos centros recreativos dos musseques de Luanda. A fundadora de As Gingas elogiou o realizador pela iniciativa de “registar declarações de grandes figuras da música angolana”.
Yuri da Cunha, que surge no documentário a fazer dueto com Paulo Flores, também elogiou a ideia de Nguxi dos Santos.
O Conjunto Angola 70 foi criado por Samy Ben Redjeb (Analog Africa) e Manu Otiniel (do Mano Mano production – Luanda).
Nguxi dos Santos notabilizou-se como repórter de guerra e em programas de entretenimento da Televisão Pública de Angola. É autor de algumas exposições de fotografia, um delas, “Marcas de Guerra”, retrata a guerra que Angola viveu após as eleições de 1992.