Angola deixará de beneficiar, a partir do próximo ano, da “versão número 16” do Fundo IDA (Agência de Desenvolvimento Internacional), afecto ao Banco Mundial, e passará a ter um tratamento especial e adequado às suas características actuais, visto estar a ser graduado como país de rendimento médio.
A informação foi avançada sexta-feira, na cidade de Washingto D.C, pela Directora Executiva Suplente da 25.ª Consistência do Conselho Executivo do BM, a angolana Ana Dias Lourenço, referindo que o IDA é o braço direito do BM para os países mais pobres do mundo e que o mesmo é actualizado de três em três anos. Em Junho de 2014 entrar-se-á na versão IDA-17.
Neste particular, informou que Angola possui uma carteira de cinco projectos (quatro já em execução) nos sectores da energia, educação, saúde e agricultura e um quinto, aprovado há duas semanas pelo “board” do BM, também relacionado com a Educação.
Fazendo alusão à representação africana, nas instituições de Breton Woods, Ana Dias Lourenço disse que fruto de algumas discussões de persistência (de há muitos anos), o Banco Mundial decidiu criar mais um assento para os países africanos, com vista a aumentar a voz dos países africanos.
Durante a entrevista concedida à imprensa angolana, à margem das Reuniões de Outono do FMI/BM, que decorre de 11 a 13 deste mês, em Washington D. C., a executiva angolana do Banco Mundial fez saber que o valor disponível na referida instituição para atender o compromisso com Angola é de USD 460 milhões para os cinco projectos aprovados pelo Board (Conselho de Administração).
Ana Dias Lourenço foi, até às eleições gerais de 2012 em Angola, ministra do Planeamento. Actualmente representa o país no Conselho Executivo do Banco Mundial, como Directora Executiva Suplente da 25.ª Consistência, da qual fazem parte Angola, Nigéria e África do Sul.