Ao fazer uma abordagem do sector no decurso dos últimos 12 anos, o responsável Kiala Gabriel, falou do surgimento de novos produtores durante este período, destacando a importância deste factor para o desenvolvimento da economia do país.
De acordo com ele, a produção de cimento é um “bom exemplo” desta evolução que, segundo ele, aproxima-se a uma fase de exportação.
“Nós podemos, a vontade, cobrir os níveis da procura e pensar na exportação de cimento. Houve a decisão do Executivo em estabelecer quotas e desencorajar a importação do produto, a fim de proteger a indústria de cimento.
Não obstante ao crescimento apontado, Kiala Gabriel faz referência a “alguns entraves” no processo de desenvolvimento do sector industrial, como é o caso dos financiamentos. Neste aspecto, o responsável diz que as penalizações recaem principalmente sobre os sectores da madeira e moagem.
“Registamos ainda alguns constrangimentos na implementação de alguns projectos, em função da carência de financiamentos. O Estado não deve fazer tudo. O privado tem também de exercer o seu papel, sobretudo a banca comercial”, afirmou o responsável.
De acordo com ele, os níveis de intervenção do programa "Angola Investe", em termos de valor de investimentos, são reduzidos para cobrir as necessidades de projectos de grande envergadura.
Caracterizou-a como “difícil” para os interessados em projectos de dimensões superiores as capacidades deste projecto de estímulo financeiro.
O Programa "Angola Investe" foi lançado pelo Executivo em 2012 com o intuito de estimular o surgimento, bem como fortalecer as micro, pequenas e médias empresas nacionais. Contudo, a margem de financiamentos por intermédio deste projecto está confinada a estes três níveis de investimentos.
Contudo, Kiala Gabriel diz que a situação está a ser avaliada, no sentido de se encontrar solução viável, tanto para os investidores, quanto para o programa.
“A questão está a ser avaliada juntamente com o ministro da Economia. Porém, fomos orientados, no sentido de os promotores reverem, reequacionarem e redimensionarem os seus projectos para melhor responderem as exigências do programa Angola Investe”, disse o responsável.