Palavras do Ministro da economia Abrahão Gourgel, que acrescentou que o mercado financeiro cresceu modestamente a partir de 2002 e hoje situa-se em terceiro lugar a nível da África Subsahariana.
O ministro da Economia, que falava na cerimónia de abertura da 31ª edição da Feira Internacional de Luanda, declarou que Angola regista elevadas taxas de crescimento anual na ordem de três porcentos e uma classe média em ascensão.
Ressaltou que se assiste no país a concretização de níveis crescentes de bancarização e de atribuição de crédito que fazem antecipar uma evolução muito positiva da procura e da economia em geral.
Ainda em relação aos aspectos positivos da economia nacional, Abrahão Gourgel sublinhou que Angola conta com um empresariado em rápida evolução e aberto a parcerias com investidores externos.
No seu discurso, o titular da economia indicou que a paz permitiu extrair para o país os melhores efeitos da subida do preço do petróleo, na primeira década do século, como atesta o Produto Interno Bruto que teve uma progressão de 5,5 vezes entre 2000 e 2007.
Referiu-se aos anos de crise económica cujas consequência afectaram a taxa de crescimento do país trazendo-a para níveis próximos de três porcento, mas em 2013 a taxa ascendeu, de acordo com as previsões, a níveis acima de seis porcento, suportado por um robusto crescimento do sector não petrolífero, com destaque para a agricultura, indústria transformadora, construção e serviços mercantis.
De acordo o governante, estes sectores registaram taxas de crescimento entre 9 a 10 porcento graças ao dinamismo da actividade económica interna.
Realçou que Angola, mesmo nos anos de crise, alcançou taxas de crescimento não muito distantes da de crescimento da população do país, por esta razão, continuou, a renda per capita alcançou pela primeira vez em 20013 a fatia de 6 mil dólares, que situa o país no grupo de economias de rendimento médio, de acordo com o Banco Mundial.
Assinalou também que Angola tem mantido a tendência iniciada em 2006 em que o sector não petrolífero evoluiu a taxas superiores ao do petrolífero, sendo este, afirmou, um indicador positivo para o processo de diversificação da economia angolana.
A Filda é um evento multissectorial de exposição e negócios que junta anualmente, desde 1983, empreendedores nacionais, África, América, Europa e Ásia para exporem produtos e serviços, assim como contactos de parcerias.
Esta edição tem com principais objectivos a captação de investimentos nacionais e estrangeiros de modo a potenciar o mercado angolano com bens e serviços, introduzindo, cada vez mais, novos produtos e serviços e promover o desenvolvimento sustentável de Angola.
Participaram na cerimónia de abertura, o vice-primeiro-ministro de Portugal, Paulo Portas, entre outras individualidades.