Nesta primeira fase, os especialistas nacionais e estrangeiros, que fizeram a conclusão dos estudos a matérias arqueológicos nesta Quarta-feira e teve a duração de 8 dias, procederam ao estudo de cerâmicas, pérolas, metais e outro material arqueológico, com a finalidade de se aferir a cronologia do sítio da cidade de Mbanza Congo.
Segundo a directora do Instituto Nacional do Património Cultural, Maria da Piedade, se pretendeu também, com este estudo, descobrir a composição química e tipologia do acervo arqueológico, sobretudo das pérolas e cerâmicas, com vista a definir a sua composição, data de fabricação ou da sua introdução na antiga capital do Reino do Congo.
Maria da Piedade explicou que durante as escavações foram descobertos dois tipos de cerâmica, a africana, de origem local, e a estrangeira, cujo estudo vai permitir descobrir as rotas comerciais que os antigos habitantes de Mbanza Congo utilizavam para a importação destes materiais para a região.
A directora precisou que a entrega do dossiê final ao Comité do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), com sede em Paris (França) está previsto para Janeiro de 2016.
Integraram a equipa, para além de responsáveis do Instituto Nacional do Património Cultural, especialistas das universidades de Évora e Coimbra (Portugal), Ghent (Bélgica) e de Yaoundé (Camarões).
O projecto de inscrição da cidade de Mbanza Congo na lista do património mundial, denominado “Mbanza Congo, Cidade a Desenterrar para Preservar”, foi lançado em 2007 pelo Ministério Angolano da Cultura, com a realização de uma mesa redonda internacional, nesta cidade, que abordou a mesma temática.