Com o aumento desses empréstimos, a parcela disponível para venda terá caído mais de 50 por cento, diz O Africa Monitor citando a Reuters.
O site recorda que há cinco anos metade dos 50 a 60 carregamentos mensais despachados pelo país eram vendidos às petrolíferas, e 4 a 5 destinavam-se à negócios pré-financiados. Actualmente, segundo a publicação, esses carregamentos pagos caíram para metade.
Para agravar ainda mais a situação, outra parte considerável dos carregamentos está com as grandes petrolíferas como a Total, Chevron, BP e outras que operam no país. “Os contratos permitem que, em situações de baixa do preço do crude, estas fiquem com uma maior percentagem da produção petrolífera, para remunerar os seus investimentos em plataformas e outros requisitos da extracção petrolífera”, descreve o Africa Monitor.
No mês passado, os carregamentos para a China duplicaram para pagar os novos empréstimos. “Em Dezembro, a petrolífera Sinochem anunciou seis novos carregamentos mensais de Angola. A congénere, também chinesa, UNIPEC, já recebia 3”, destaca.
Em Fevereiro Angola vendeu apenas um carregamento no mercado spot (negócios realizados à vista e de entrega imediata). Já em Março, o site avança que o país teve entre dois e três carregamentos para vender.
Fonte próxima da Sonangol disse ao Africa Monitor que a empresa “dispõe de flexibilidade e que pretende ter três a seis carregamentos disponíveis para vender neste mercado mensalmente”.