O Governo angolano reafirmou, nesta segunda-feira, em Luanda, que não vai recorrer à assistência financeira do Fundo Monetário Internacional (FMI), devido ao seu eficiente recente desempenho económico e acesso ao financiamento.
Um comunicado de imprensa do Ministério das Finanças sobre a “Perspectiva fiscal e indicadores de desempenho macro-económico do primeiro semestre de 2016”, a que a imprensa teve acesso, salienta que “o país vai continuar a manter o diálogo de partilha de opiniões no domínio da política económica, assente no quadro do artigo IV”, dando “ainda seguimento do seu programa de assistência técnica com o FMI, com a próxima visita prevista para Outubro do corrente ano".
Segundo o comunicado de imprensa, Angola reconhece plenamente os comentários e o feedback da equipa do FMI sobre as reformas para a protecção económica do Governo angolano.
Porém, acrescenta que a decisão do Governo angolano em recorrer ao FMI para uma Facilidade de Financiamento Ampliado “ocorreu num contexto em que os preços do petróleo atingiram níveis muito baixos, com perspectivas de atingir o patamar de 20 dólares por barril”.
Referindo-se ao preço do petróleo ter-se situado em torno dos 28 dólares por barril em Janeiro de 2016, a nota adianta que as mudanças recentes no mercado internacional de petróleo evidenciam uma realidade mais optimista, tendo em conta a recente recuperação, um cenário que garante ao Governo um contexto de maior equilíbrio fiscal.
E chamado a comentar este facto o economista e docente universitário Josué Chilundulo afirmou a ecclesia que o não acordo com o FMI provoca inúmeras dúvidas e fragiliza as expectativas das famílias e dos potenciais investidores, o académico justifica.
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