Neste 18 de Maio o mundo comemora mais um dia dedicado aos Museus.
Os museus são instituições vivas que ajudam a criar laços entre os visitantes, gerações e culturas em todo o mundo.
Os museus enfrentam constantes mudanças que obrigam a reconsiderar a sua missão tradicional e procurar novas estratégias para atrair visitantes a visionar colecções mais acessíveis. Assim, muitos museus renovam os métodos tradicionais de apresentação de suas colecções, a fim de envolver a comunidade e de manter contacto com o seu público.
Em Angola, os museus existentes desde 1976, surgiram para resgatar os valores culturais que antes da independência foram ignorados pela potência colonial portuguesa. Os únicos museus de raiz que já existiam em Angola é o de Museu de História Natural, em Luanda (construção moderna), e o Museu do Dundo, Lunda Norte (construção tradicional).
Além destes museus, existem ainda em Luanda o Museu da Escravatura, o Museu das Forças Armadas, o Museu de História Natural, o Museu de São Pedro da Barra, o Museu das Comunicações e o Museu da Moeda, inaugurado a 6 de Maio (2016) pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, localizado na marginal da cidade capital do país.
A apresentação de alguns museus em Luanda:
Museu de História Natural
O Museu de Historia Natural representa a fauna angolana, por ser o património natural.
“Temos espécies de raríssima aparição pública que nem sempre se tem a possibilidade de ver a olhos nu sem a necessidade de se viajar a lugares distantes, no caso o Parque Nacional da Quissama, para ter contacto com as mesmas”, adianta a directora da instituição Maria Gume.
Museu Nacional da Escravatura
Este museu tem uma importância particular pelo facto de ser o museu que conta uma das facetas da história da Angola relacionado com a escravatura e o tráfico de escravos.
Foram fenómenos que duraram muito tempo e cobrem grande parte da história de Angola que se reporta o século XV até finais do século X IX.
O seu director, Vladimir Fortuna, afirma que o museu tem estado a prestar um serviço importante na sociedade, na medida em que procura transmitir informação sobre a escravatura e tráfico de escravos e ao mesmo tempo formar mentes.
Museu da Antropologia
O Museu de Antropologia é uma instituição pública de carácter científico e cultural que preserva as colecções como património sobre sua guarda, divulga, investiga-os remetendo para a educação dos angolanos.
O seu director, Álvaro Jorge, disse que o museu recebeu um programa para educação das comunidades, que são duas exposições permanentes que fazem com que o público adira de forma massiva o local.
Actualmente, o museu regista 15.272 visitantes ano, com uma média mensal de 1.272.
O grupo infanto-juvenil é que mais visita o museu, que se interessam, fundamentalmente, com o espaço de lazer e a observação das mascaras.
Museu da moeda
O “cassula” dos museus de Angola, com menos de um ano de vida, tem uma colecção constituída por moedas que marcaram as várias etapas económicas e financeiras de Angola.
Os visitantes que afluem o local procuram conhecer a história da moeda de Angola desde os tempos antigos até ao actual, bem como ouvir a história da educação financeira-um novo programa que tem a ver com a cidadania financeira que abrange as finanças pessoais.
Museu de História Militar
Antigo Museu das Forças Armadas, a instituição acolhe material bélico e outros objectos usados por angolanos na luta contra a repressão colonial, pelos movimentos nacionais de luta para a libertação de Angola e pelos colonialistas portugueses para subjugar o povo, uns de fabrico artesanal, russo, italiano, americano e britânico.
Existem também fotografias de algumas figuras históricas angolanas que lutaram contra o jugo colonial português como Mandume, Ekuiki I e Nzinga Mbamdi, que também tem uma grande escultura longa após a estrada do museu.
Estão também no local algumas esculturas de figuras de destaque na historial colonial de Angola como Paulo Dias de Novais, Diogo Cão , Luís de Camões, Salvador Correia, Pedro Alexandrino de Cunha e Henrique de Carvalho.