Os técnicos da Reserva Federal Americana continuam a trabalhar em Angola. Nesta Quarta-feira os responsáveis do Banco Central dos Estados Unidos, foram recebidos pelo chefe de estado angolano, João Lourenço.
A propósito desta visita, o governador do BNA, José de Lima Massano, disse, no dia 5 deste mês, que as discussões com os representantes da Reserva Federal visam estreitar as relações entre as duas instituições, para viabilizar o intercâmbio entre os dois países. “Queremos, com este encontro, manter um diálogo permanente que facilite executar as operações monetárias que foram terminadas com alguns bancos internacionais", afirmou o governador do BNA.
Apesar de admitir que ainda subsistem alguns problemas, Massano asseverou que os bancos angolanos do sector comercial têm assegurado "canais de pagamento" garantindo o acesso a moeda estrangeira e às transacções internacionais através do BNA porque desde 2016, praticamente, todos os bancos internacionais abandonaram Angola devido a um conjunto de questões relacionadas com a segurança internacional e financeira, o que se revelou em vários constrangimentos, sendo um deles, e o que mais foi notado, a falta repentina de dólares no circuito bancário angolano.
A falta de acesso a dólares levou o BNA a efectuar os seus leilões em Euro, a moeda europeia, que passou a servir de referência para determinar a cotação do Kwanza face ao um cabaz alargado de moedas, incluindo o dólar norte-americano. Nas declarações aos jornalistas, José de Lima Massano recordou isso mesmo, ao afirmar que entre 2015 e 2016 os correspondentes bancários em moeda norte-americana deram por fina a relação com o sistema bancário nacional mas isso está a ser "ultrapassado" com a recuperação da confiança.