Quase dez anos depois do último leilão, vão ser apresentadas as concessões relativas aos blocos das bacias marítimas de Benguela (Bloco 10) e do Namibe (Blocos 11, 12, 13, 27, 28, 29, 41, 42 e 43).
Os estudos preliminares realizados apontam para um potencial de produção dos blocos que vão a leilão “na ordem dos milhões de barris” no offshore.
No caso do Namibe, a bacia mais a sul de Angola, trata-se de “uma nova fronteira de exploração” que o Governo está a lançar.
A ANPG vai disponibilizar aos futuros investidores uma “base de dados robusta para dar suporte à avaliação do potencial destas bacias”, para fazerem uma avaliação preliminar.
Segundo a mesma fonte, o Governo angolano “já recebeu contactos e manifestação de interesse” de 30 a 40 empresas europeias, norte-americanas, asiáticas e árabes.
Depois do primeiro acto de apresentação, o “roadshow” segue para Houston (EUA), a 10 de Setembro, Londres, em 17 de Setembro, e Dubai, em 23 de Setembro.
Um outro responsável adiantou que o lançamento oficial do concurso vai ser feito em 2 de Outubro e as propostas podem ser submetidas a partir do dia 3 de Outubro e até ao dia 12 de Novembro.
O acto público de abertura de propostas acontecerá no dia 13 de Novembro. O fim da avaliação e qualificação de empresas está marcado para 28 de Dezembro e no dia 17 de Janeiro serão anunciadas as empresas vencedoras.
Sucede-se uma fase de negociação, que durará até 27 de Março, prevendo-se a assinatura dos contratos até 30 de Abril.
Entre a fase de descoberta do recurso e a fase de produção decorrem geralmente cerca de cinco anos.
Em Benguela, religiosos, políticos e sociedade civil já reagiram à notícia da possível exploração de petróleo na Província de Benguela. Os nossos entrevistados defendem inicialmente um estudo sério de impacto ambiental e afirmam que, caso se venha extrair petróleo em Benguela, é imperioso que os benefícios se reflictam também.
Reportagem de Pedro Tchindele
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