O jurista Sérgio Raimundo, Advogado de Walter Filipe da Silva, ex-governador do Banco Nacional de Angola, um dos réus do “caso 500 milhões de dólares”, disse QUE as declarações do antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, a confirmar que autorizou a operação que visava a obtenção de um crédito de 30 mil milhões de dólares, muda o percurso do processo.
Entretanto, o tribunal admitiu a junção da carta nos altos, mas o Ministério Público continua a fazer finca-pé, alegando que a carta enviada por José Eduardo dos Santos, é duvidosa.
Arrolado no processo dos 500 milhões de dólares pela defesa do antigo governador do Banco Nacional de Angola, Walter Filipe da Silva, José Eduardo dos Santos respondeu, na qualidade de então Presidente da República.
Na carta, José Eduardo dos Santos, diz orientou os então Ministro das Finanças, Archer Mangueira, e o governador do Banco Nacional de Angola, Walter Filipe da Silva, respectivamente, a realizarem acções para a mobilização de 30 mil milhões de dólares norte-americanos, em meados de 2017.
O antigo titular do poder executivo diz que autorizou Walter Filipe da Silva a assinar os contratos em nome do Banco Nacional de Angola e em representação do Estado Angolano, numa primeira fase. José Eduardo dos Santos também confirma que autorizou a transferência dos 500 milhões de dólares do BNA para o Credit Suisse de Londres.
O advogado Sérgio Raimundo, perguntou; O senhor deu a conhecer sobre a operação em curso para a mobilização dos 30 mm usd, ao actual titular do poder executivo e alguns dos seus auxiliares, em que circunstancias?
O antigo chefe de Estado respondeu e nós citamos: não só dei a conhecer como orientei o então governador do BNA em entregar o dossier completo desta operação ao actual Ministro de estado para a Coordenação Económica, assim como convidei o mesmo no encontro de cortesia que se realizou no Palácio Presidência da cidade Alta, nada foi feito de forma oculta ou as escondidas como se procura agora fazer crer, estávamos a citar o antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
Reportagem de Salgueiro Vicente
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