Prossegue na Câmara Criminal do Tribunal Supremo o julgamento do ex-director do extinto Gabinete de Revitalização e Marketing da Administração ( Grecima), Manuel António Rabelais, pela prática dos crimes de peculato, branqueamento de capitais e violação das normas de execução orçamental.
Pelos mesmos crimes está a ser igualmente acusado Hilário dos Santos, que na altura dos factos exercia o cargo de assistente administrativo do Grecima.
No despacho de pronuncia do juíz da causa, Daniel Modesto, estão em causa os actos praticados pelo ex-director do extinto Grecima , referentes a 2016 e 2017, altura em que o Banco Nacional de Angola alocou a esse órgão a quantia de 98 milhões de euros.
De acordo com a acusação, o réu Manuel Rabelais abriu uma série de contas para a movimentação dos montantes alocados pelo BNA em diversas instituições bancárias como o Banco de Comércio e Indústria ( BCI) , Banco de Poupança e Crédito ( BPC), Banco Angolano de Investimento ( BAI) e Banco de Investimento internacional (BIC), sendo ele o único assinante.
Foram arrolados no processo pela acusação 14 declarantes, tendo a defesa arrolado mais três, sendo os últimos Gonçalves Inhanjica, Guilherme Xavier e Mariano de Almeida.
Entretanto, o advogado de defesa de Manuel Rabelais contestou a acusação e o despacho de pronuncia , ao afirmar que os dois documentos fazem referência que de todas as divisas que saíram do BNA , alocadas ao BCI para serem vendidas ao Grecima, foi entregue a contrapartida em kwanzas.
Reportagem de Salgueiro Vicente
Update your browser or Flash plugin