Com a retirada gradual de subsídios, anunciada pelo Governo, preço da gasolina duplica. Executivo defende que medida permitirá investir em áreas fundamentais para o país.
O Governo angolano anunciou, esta Quinta-feira (01.06), a retirada gradual de subsídios à gasolina, que vai passar dos actuais 160 kwanzas para 300 kwanzas/litro (de 0,25 euros para 0,48 euros), mantendo a subvenção ao sector agrícola e à pesca. Mantêm-se inalterados, até ao final deste ano, os subsídios dos restantes produtos, como o gasóleo, o gás de cozinha e o petróleo iluminante.
De acordo com o ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, as tarifas dos taxistas e mototaxistas vão ser subvencionadas, continuando os mesmos a pagar 160 kwanzas o litro da gasolina, cobrindo o Estado a diferença.
O objectivo é, continuou o ministro, "de maneira eficiente e com eficácia" empregar os recursos que o Estado vai poupar com a redução da subvenção à gasolina na melhoria do rendimento dos cidadãos e resolução dos "muitos problemas" existentes no país - por exemplo, [evitar] o contrabando de combustíveis.
Também em declarações, esta Quinta-feira, a ministra das Finanças angolana rejeitou qualquer pressão externa para reduzir a subvenção aos combustíveis, medida que o Fundo Monetário Internacional vinha apelando há vários anos, garantindo que foi "uma decisão do Estado angolano soberano".
A ministra frisou que o Governo angolano entendeu que precisava "transformar um subsídio cego, num subsídio direccionado".
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