O Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) vai conceder uma linha de crédito, até Dezembro do ano em curso, avaliada em 40 milhões de dólares norte-americanos ao Banco de Poupança e Crédito (BPC), BAI Micro Finanças e Banco de Comércio e Indústria (BCI), para financiamentos de projectos, no âmbito do Programa de Promoção do Comércio Rural.
Para a concretização do programa do Executivo, o BDA assinou acordos em Luanda com o BPC e o BAI Micro Finanças. Foram signatários do acordo os presidentes do Conselho de Administração do BDA, Paixão Franco, do BPC, Paixão Júnior e Ari de Carvalho, do BAI Micro Finanças.
Para amanhã está prevista a celebração de um acordo similar com o Banco de Comércio e Indústria (BCI). O presidente do Conselho de Administração do Banco de Desenvolvimento de Angola, Paixão Franco, esclareceu que os acordos visam incentivar a actividade rural a nível do país, sendo as províncias de Benguela e Huambo as primeiras beneficiadas. Paixão Franco afirmou que o programa constitui um dos propósitos do Executivo para estimular a produção dos médios e pequenos produtores nas zonas rurais: "Os financiamentos a serem concedidos vão assegurar com regularidade a aquisição dos excedentes de produção das famílias, associações e cooperativas e dos pequenos e médios produtores agrícolas, e o abastecimento permanente de bens e mercadorias às comunidades rurais", disse. O responsável do BDA explicou que os bancos que integram o programa servem de veículo para a concessão de créditos aos comerciantes que asseguram o mercado rural. Numa primeira fase, o BDA vai disponibilizar valores acima dos dois milhões e quinhentos dólares aos bancos para o financiamento de projectos a médio e curto prazo. O presidente do Conselho de Administração do BPC, Paixão Júnior, disse que o banco vai participar com um montante de cinco milhões de dólares, com taxas de juros na ordem dos 3 por cento e reembolso num prazo de 12 meses.
Paixão Júnior considerou o acordo importante para a materialização dos projectos rurais do Executivo, com vista a desenvolver a economia e reduzir os níveis de pobreza. "Estamos preparados para apoiar os camponeses e cumprir os projectos do Executivo. Para a concessão do crédito vamos exigir aquilo que têm sido os parâmetros tradicionais para os clientes", disse. O vice-ministro do Comércio, Archer Mangueira, afirmou que o Executivo está empenhado em relançar o comércio rural, com o aumento da produção agrícola e pecuária, para reduzir a pobreza no país. Em declarações à imprensa, acentuou que o Executivo pretende transformar as zonas rurais em grandes pólos industriais para a operacionalidade do Programa de Promoção do Comércio Rural.
"O Executivo criou uma facilidade financeira junto do Banco de Desenvolvimento de Angola para garantir aos comerciantes rurais desenvolverem as suas actividades e contribuírem para o estabelecimento de uma rede comercial", informou. Além do aumento da produção rural, Archer Mangueira sublinhou que esta medida vai facilitar o escoamento dos produtos da zona rural para os centros urbanos.
"O Executivo vai intensificar a actividade comercial nas áreas rurais, apoiando os produtores com instrumentos que facilitem a acção em toda a sua amplitude, assim como viabilizar o escoamento de produtos do meio rural para o meio urbano", assegurou.
Fonte J.A.