O coordenador em Angola do Programa das Nações Unidas para a SIDA (ONUSIDA) afirmou ontem, em Luanda, que o país registou, nos últimos anos, progressos significativos no combate ao VIH-Sida.Em declarações ao Jornal de Angola, Bilali Câmara disse que o último relatório sobre o VIH-Sida em Angola, divulgado em Genebra, Suíça, no dia 30 de Novembro de 2011, refere que Angola aumentou a cobertura nacional do tratamento de 18 por cento, em 2008, para 33 por cento, em 2010.
Os êxitos alcançados em 2010, que permitiram que 7.612 pessoas com VIH tivessem acesso ao tratamento com anti-retrovirais, são indicadores de progressos e levam a crer que, até 2015, o país está em condições de cumprir a sua parte na garantia do acesso universal aos meios de prevenção e tratamento da doença.
O relatório afirma, também, que o número de mulheres grávidas que beneficiou de testagem ao VIH, para evitar a transmissão do vírus de mãe para filho, aumentou de 16 por cento, em 2008, para 20 por cento, em 2010. Bilali Câmara disse que os dados são encorajadores para o Instituto Nacional da Luta contra a Sida e para os seus parceiros, entre os quais a ONUSIDA.
"Este esforço é um bom passo na direcção correcta", sublinhou.
O caminho a percorrer para se atingir o acesso universal à prevenção e ao tratamento do VIH-Sida em Angola ainda é longo, mas pode ser encurtado pelo Programa Nacional de Luta contra a Sida, salientou o coordenador.
Calcula-se que existam em todo o país cerca de 200 mil portadoras do vírus da Sida. As estimativas oficiais apontam província do Cunene como a mais afectada.
