Angola pode ter escolas com melhor qualidade

exe10100Os membros da Comissão para a Política Social recomendaram, ontem, o reforço de medidas destinadas a garantir o cumprimento do programa de produção e distribuição de material e equipamento escolar para o ano lectivo de 2012. A comissão, segundo o comunicado de imprensa saído do encontro, que decorreu na Cidade Alta, foi informada sobre o grau de execução do programa de produção dos manuais de 2010 e deste ano, que prevê também a produção de mobiliário escolar. Em declarações aos jornalistas, no final do encontro, que durou cerca de duas horas, o ministro da Educação, Pinda Simão, anunciou para terça-feira a realização uma reunião entre representantes dos Ministérios da Geologia e Minas e Indústria e da Educação e a Comissão Económica, para analisar a programação dos recursos para a execução do programa.

O ministro Pinda Simão referiu, a propósito, que a maior parte dos manuais encomendados em 2009 para o presente ano lectivo foram entregues com um certo atraso. Os últimos seis milhões de exemplares estão a ser distribuídos. Coordenados pelos Ministérios da Educação e da Geologia e Minas e Indústria, e executado por este último, que orienta as empresas envolvidas no processo, os programas fazem parte da política do Executivo para assegurar a gratuitidade do material para o ensino obrigatório vigente no país. No capítulo da reforma educativa, Pinda Simão declarou que durante o último encontro da Comissão, realizado na segunda-feira, foi feito um balanço dos resultados alcançados e dificuldades encontradas, com vista à preparação de condições para uma avaliação global da reforma educativa em 2012.

De acordo com o Jornal de Angola o responsavel pela educação em Angola, lembrou que o processo de reforma educativa iniciou em 2004 com a definição de um calendário da sua execução por etapas. A 6ª classe foi a última a ser abrangida pelo processo. Com a reforma educativa iniciada em 2004 e com uma calendarização de execução por fases, o processo contribuiu, na opinião do ministro, para a introdução de inovações no sistema educativo, formação de professores, educação de adultos e do ensino técnicoprofissional. Com a aplicação da reforma educativa, acrescentou, aumentaram os níveis de aprendizagem.


Por outro lado e lamentando o facto de existirem ainda muitos alunos com dificuldades em Língua Portuguesa, defendeu um maior investimento na formação de professores, sobretudo nos que possuem formação especializada, além de melhorias nas condições de trabalho nas escolas. Pinda Simão sublinhou que o Ministério da Educação tem agendado acções de formação e acompanhamento dos docentes, estando igualmente previstas acções de reforço às inspecções escolares. O ministro Pinda Simão falou também da constituição de zonas de influência pedagógica (escolas com professores bem preparados, que apoiam os colegas de instituições da mesma área de jurisdição). Pinda Simão disse ainda que nem todos têm formação especializada, sobretudo, no interior do país, e que  foram registadas preocupações principalmente para a  5ª e 6ª classes.