A longa-metragem “Rastos de Sangue”, de Mawete Paciência, abre hoje, às 18h00, no Cine Atlântico, a V edição do Festival Internacional de Cinema de Luanda (FIC-Luanda), na capital do país.
A ficção, que pertence ao realizador da nova geração, foi concluída no Brasil e conta a história de crianças raptadas e violentadas, a guerra e o tráfico de órgãos humanos. Sob o lema “Cinema é cultura e arte”, o festival decorre de 16 a 22 deste mês, e vão ser apresentados 35 filmes, dos quais 12 angolanos.
As películas em competição são exibidas no Cinema Atlântico às 15h30, enquanto os não competitivos às 16h30, no auditório Pepetela do Centro Cultura Português.
O acesso a qualquer das duas sessões é livre. Para as competições, amanhã vão ser exibidos os filmes “Rafa”, de João Salaviza (uma co-produção de Portugal e França), “Kolan San Jon – É Festa de Kau”, de Rui Simões (Portugal), “Etre Capoeira”, de Mathias Monarque e Cécile Bennegent (França), “Um Povo, Uma História”, de Higino Sachilonga e “5 Dias de Aulas”, de Domingos Manuel, ambos angolanos. No domingo vão estar em competição os filmes “Sangue do Meu Sangue”, de João Canijo (Portugal), “Juntos para o Desenvolvimento”, de Manuel Serrano (Angola e Espanha),“Benvenuti al Nord”, de Luca Miniero (Itália), e “Culturas Vivas”, do angolano Chico Júnior.
A sessão não competitiva começa amanhã, e reserva apenas um filme por dia. “Le Courage de Autres”, de Christian Richard (Burquina Faso), “Orillas”, de Pablo César”, (Argentina e Brasil), “Habanastation”, de Ian Padrón (Cuba), “A Carta”, de Michele Mathison (Moçambique) e “Un Griot Modern”, de Mahamat Saleh Haroun (Chade). Além das estreias de produção nacional, o director do festival, Pedro Ramalhoso, disse ontem, ao Jornal de Angola, que existem filmes estrangeiros que também vão ser vistos pela primeira vez em Angola, no caso de “República de Meninus”, do guineense Flora Gomes, e que só estreia em Portugal no próximo ano. Participam várias produções de Angola, Portugal, Argentina, Brasil, EUA, Itália, França, Cuba, Moçambique, Guiné-Bissau e Espanha.
O director referiu que a intenção da organização é apresentar novidades cinematográficas em cada edição, a nível nacional e internacional. Pedro Ramalhoso acrescentou que o cinema angolano está numa fase de relançamento, embora careça de muitos apoios, razão pela qual considerou ser necessário investir no domínio da técnica, com equipamentos e conhecimentos, pois “uma boa cinematografia depende muito da qualidade dos equipamentos”.