O colectivo de teatro 1º de Maio estreia hoje às 20h00 na Liga Africana, em Luanda, a peça “Choros de África”, adaptação do poema com o mesmo nome, de Agostinho Neto.
A peça, com a duração de 40 minutos, lembrou o encenador Ângelo Cristóvão Neto, fala do impacto da escravidão e do colonialismo, os acontecimentos mais dolorosos e marcantes do continente africano.
“Decidimos representar tudo como está no texto original do escritor, a luta das nações africanas pela independência e o sofrimento de muitas famílias durante o colonialismo, apenas com pequenos acrescentos porque o poema tem somente quatro estrofes”, referiu.
“Nguxi e Mussunda, filhos de África, Claudina, colonialista, Anabela e África, são representados na peça como personagens únicas”, declarou. “O espectáculo desenrola-se, tendo como música de fundo uma melodia clássica”, disse.
Antes da apresentação da peça de teatro, anunciou, são projectadas imagens e vídeos sobre alguns momentos da era colonial, bem como de líderes africanos.
Muito antes da projecção de vídeo, às 19h30, disse, há um concerto, que tem como convidados o rapper Outra Parte, os kuduristas BY e Dacuecho, assim como o Poeta Momentâneo.
O grupo, fundado em 2009, tem as peças “A Força Estranha”, “Sofrimento”, “Amor Arruinante”, “O Educador” e “África – o berço da Humanidade”.
O colectivo, disse Ângelo Cristóvão Neto, está a preparar, há meses, o espectáculo “A Mesma Vida”, que faz um enfoque especial ao quotidiano e cuja estreia ocorre no Festival de Teatro da Maianga.
