A ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, declarou nessa quinta-feira, em Havana, Cuba, que a participação de Angola na Feira Internacional do Livro de Havana 2013 vem criar novos espaços de diálogo entre os dois Estados e reavaliar as formas como poderão, juntos, internacionalizar a cultura angolana.
Segundo publica Angop, a governante, que falava à imprensa, à margem de uma visita guiada ao Pavilhão de Angola, essa amostra internacional vai permitir também partilhar experiências com os demais países da América Latina, Europa, América e Ásia, aos quais se vai mostrar à nova Angola.
“Vem mostrar o que efectivamente juntos podemos fazer, para internacionalizar a cultura angolana e partilhar com os demais países do Mundo aquilo que é a Angola nova, a Angola de hoje, os nossos sonhos e a nossa vontade de sermos também um país grande”, expressou a dirigente da delegação angolana.
Rosa Cruz e Silva disse que essa intenção esta a ser bem recebida pelo país anfitrião, na medida em que as equipas de avanço trabalharam juntas em Dezembro de 2012, para acertar os detalhes da participação.
“Por aquilo que eu vi, esta tudo pronto para que possamos participar na cerimónia inaugural, como país convidado de honra”, acrescentou a governante, para quem é uma honra ver hasteada a bandeira de Angola ao lado da bandeira cubana, um procedimento habitual para o país convidado de honra.
“É um acto simbólico que toca fundo no nosso coração, quando nós vemos a bandeira de Angola a ser hasteada noutro país com quem nós temos boas relações de cooperação, amizade, solidariedade e culturais”, asseverou.
Por sua vez, a presidente do Instituto Cubano do Livro, Zuleica Romay, referiu que o hastear da bandeira de Angola constituiu uma honra para o seu país, pois conhecem plenamente a história e dísticos desse país.
Para si, a participação de Angola na feira vai permitir que os dois Estados estejam mais ligados em termos culturais, sendo o içar dessa bandeira um passo importante para a materialização desse propósito.
“O içar da bandeira de Angola é como abrir uma porta, para que possamos reforçar as relações no campo da literatura. Tenho muita esperança que isso seja só o início”, declarou.
Explicou que a escolha de Angola como país de honra deveu-se ao facto de ter um povo cujos antepassados criaram raízes e famílias em Cuba, depois de emigrarem no tempo da escravatura, dai deixarem entre os cubanos a sua cor e os seus costumes”.
“Nós somos conscientes de quão angolanos somos. Penso que a nossa maneira de ser, de se relacionar com a natureza e um pouco como a de Angola. Essa é uma medida de gratidão à África. Somos verdadeiros irmãos”, concluiu.
A Feira Internacional do Livro decorre de 14 a 24 de Fevereiro.