O coordenador da delegação angolana na edição da Feira Internacional do Livro de Cuba, Jorge Gumbe, afirmou em Havana ser necessária a realização de actividades culturais para relançar as novas bases de um trabalho contínuo no futuro, onde as belas artes ganhem mais protagonismo entre os criadores dos dois países.
Jorge Gumbe defendeu que, a par das relações institucionais e empresariais, ocorra também o nascer e florescer de um movimento artístico e cultural sustentável nos dois sentidos, de Angola para Cuba e vice-versa.
"A participação de Angola na Feira do Livro de Havana é uma consequência da necessidade de criarmos novas plataformas, mais eficazes e eficientes, para a internacionalização da literatura angolana e de outras artes", disse.
Para o responsável, este projecto vai tornar-se uma realidade porque muito em breve vão começar a ser desenvolvidos projectos mais audazes e palpáveis com o empenho das editoras e dos diversos agentes culturais angolanos.
O coordenador disse que Angola termina a feira com grande expectativa no reatar das relações entre os dois países, particularmente no domínio cultural.
Quanto à participação de Angola, principalmente como primeiro país africano a ocupar o lugar de convidado de honra, Jorge Gumbe acrescentou que foi ao mesmo tempo um privilégio e uma oportunidade rara de mostrar ao público de Cuba a literatura e os elementos culturais e artísticos do país. "Os cubanos, os convidados e os turistas puderam conhecer melhor a idiossincrasia dos angolanos", aclarou.
Segundo J.A. O responsável destacou que factores como a irmandade gerada pelos mesmos elementos culturais dos ancestrais, a história e a união pela contemporaneidade da cultura, levam a ter razões de sobra para se promover o retorno para a reconstrução do espaço cultural comum, de solidariedade e paz.
O representante do Ministério da Cultura adiantou que a feira foi um reencontro, em que se destacaram as dinâmicas e vínculos que se têm desenvolvido entre as instituições, escritores e artistas, a partir de um património comum de memórias inesquecíveis, carregadas de história, heroísmo e abnegação.
"Não é uma despedida. É apenas um momento para mais uma vez agradecer o carinho, acolhimento, afecto e empenho demonstrado pelos cubanos, em particular o Ministério da Cultura de Cuba, o Instituto Cubano do Livro e a Câmara do Livro, bem como todas as pessoas que estiveram envolvidas para que a representação cultural de Angola na feira se constituísse num êxito", rematou.