“O País que Nasceu Meu Pai” é o título do mais recente disco do músico angolano Paulo Flores, a ser lançado no próximo dia 31 de Maio. O rótulo dá nome a sétima música desta obra discográfica que representa os 25 anos de carreira do cantor.
Paulo flores chamou nesta segunda-feira a imprensa e os amigos para apresentar as 14 músicas que compõem a obra que, segundo o autor, “marca uma nova e importante etapa na carreira”.
Em breves declarações à imprensa, Paulo Flores revelou que o disco foi gravado na capital angolana, Luanda, e em Portugal. “Semba e ritmos inspirados em sons africanos de outras paradas dão identidade rítmica à obra”.
Neste momento, acrescenta o músico, dois vídeos já foram gravados para promover “O País que Nasceu Meu Pai”, sendo que os preparativos para a produção de outros dois já estão em andamento.
“Memória de Café”, “Me Leva Daqui que Vou”, “Mister Mouse”, “A Carta”, “Cara de Madona”, “Trem da Cidade” e “Sou Ninguém” são partes do disco.
Paulo Flores construiu uma carreira musical ao longo dos últimos 25 anos e é conhecido internacionalmente pelo seu semba e pela sua forma única de se ligar às raízes e contar histórias através da sua música, utilizando personagens, dando-lhes vida através da sua música.
“As personagens da minha música confundem-se com as personagens do dia-a-dia, no fundo é uma radiografia de múltiplas personagens e são também incentivadoras de novas formas de procurar felicidade”, conta o músico, acrescentando que a base das suas personagens é “muito” real.
Nascido em Luanda, em 1972, o autor tem no mercados os discos "Kapuete Kamundanda", 1988, "Sassassa", 1990, "Coração Farrapo", 1991, "Cherry", 1991, "Brincadeira Tem Hora", 1993, "Inocente", 1995, "Perto do Fim", 1998, "Recompasso", 2001, e "Xé Povo", 2005, além de um "Best Of" e um DVD ao vivo.
Segundo Angop, o músico, cantor e compositor, Paulo Flores é actualmente um dos expoentes máximos da música em Angola, ostentando, nas suas criações, os valores da cultura angolana, desde a sua herança patrimonial às suas expressões mais vanguardistas, numa busca constante de novas fórmulas e sempre aberto a outras culturas.
Paulo Flores, gravou o seu primeiro disco só com composições e poemas seus aos 16 anos, tendo participações em todos os discos de Ruca Van-Dúnem “Sem Kijila”, “Sem Kijila Também”, “Sem Kijila Ainda” e “Sem Kijila Sempre”, assim como nos trabalhos de Ricardo Abreu e nos dois da Banda Maravilha.
Teve ainda participações em outros projectos, como “Picante”, de Dj Dias Rodrigues, “Quintal do Semba”, no qual foi co-autor, juntamente com o baterista Marito Furtado, “Calo Páscoa e Amigos”, entre outros trabalhos publicados no país.