Adriano Sebastião Mixingue, escritor da obra que venceu o prémio literário sagrada Esperança.
O vencedor vai receber, 2 milhões e 500 mil kwanzas, num patrocínio do Banco Caixa Geral Totta de Angola.
A obra vencedora foi anunciada pela secretária do corpo de jurados, Amélia da Lomba, adiantando que “trata-se de um livro em prosa poética, que conjuga vários estilos, entre a crónica, por natureza irónica e o ensaio, recorrendo ao simbolismo, outra componente essencial da literatura”.
Segundo Amélia da Lomba, “O Ocaso dos Pirilampos”, integrando num contexto universal, abarca preocupações quotidianas de qualquer cidadão comum, como a destruição do ambiente, a falta de exercício pleno da cidadania, a desumanização, a sobreposição do lado material ao espiritual, num apelo à consciência colectiva.
Anunciou que a obra vencedora obedece os três parâmetros definidos pelo artigo 1, do regulamento do concurso, a finalidade e a periodicidade.
Os membros do júri, acrescentou a secretária, propõem para publicação pelo seu alcance pedagógico as obras “Estórias para bem ouvir leituras para todos”, de Fragata de Morais, “Fátussengóla-O Homem do rádio que espalhava dúvidas”, de Gociante Patissa, e “Actores de Teatro-A vida dos grupos angolanos”, de Francisco Luís João Gaspar.
“Embora não obedecendo alguns parâmetros determinados pelo regulamento, os jurados aconselham a publicação das obras “A pele de Zito Maimba”, de Ana Paula de Jesus Gomes, “Sou que sou”, de Ariclenes Tiago, “Sou aquilo que me deixo ser”, de Marcos Castro e Silva, “A sul do sol”, de Francisco Montanha Rebello, e “Filhos do Musseque”, de Alberto Botelho”, explicou.
O Prémio Literário Sagrada Esperança é promovido pelo Instituto Nacional das Indústrias Culturais e a Fundação António Agostinho Neto (FAAN), com o patrocínio do Banco Caixa Geral Totta de Angola, em homenagem póstuma ao primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto.
De periodicidade anual, o concurso visa incentivar a criação literária entre os autores nacionais, bem como assegurar o surgimento, cada vez mais, de obras editadas.