“A cidade vai ter infra-estruturas hoteleiras condignas para acolhermos os visitantes que queiram praticar o turismo cultural, ecológico ou científico”, sublinhou a arqueóloga, Sónia Domingos, coordenadora do projecto Mbanza Kongo
A responsável do Ministério da Cultura lembra que está projectada a construção de um centro de interpretação, em M'banza-Kongo, que passará a prestar informações variadas sobre o roteiro turístico.
A edificação de um centro da cultura “Kongo” será outro dos frutos da classificação, apontadas por Sónia Domingos, que defende a inclusão futura da história do antigo Reino do Kongo nos conteúdos programáticos do Ministério da Educação.
O Reino do Kongo abarcava um vasto território localizado no sudoeste de África que hoje corresponde ao noroeste de Angola, a província de Cabinda, a parte ocidental da República Democrática do Congo e a parte centro-sul do Gabão.
Uma equipa de especialistas nacionais e estrangeiros, chefiada por Sónia Domingos está, desde o passado dia 24 de Setembro, a efectuar escavações arqueológicas em M'banza-Kongo.
As escavações visam encontrar as provas materiais que vão fundamentar a candidatura desta localidade para a sua inscrição na lista do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
A concretizar-se seria o primeiro bem em Angola a ser classificado mundialmente. Mbanza- Kongo é uma das mais antigas urbanizações vivas abaixo do equador, cujo Centro Histórico foi classificado Património Nacional, através do Decreto Executivo nº 13, de 7 de Junho.