A afirmação é dom Dom Vicente Carlos Kiaziku, o bispo da Diocese de Mbanza Kongo. O prelado reagia assim as escavações arqueológicas que decorrem no Zaire, à luz do projecto “Mbanza Congo, cidade a Desenterrar para preservar”.
Segundo as indicações das autoridades angolanas, a histórica cidade de Mbanza Kongo, antigo São Salvador do Kongo, isto é em Angola poderá estar proximamente na lista do património da humanidade, caso sejam cumpridos os requisitos propostos pela UNESCO. Segundo a ministra da cultura angolana Rosa Cruz e Silva estão envolvidas várias instituições, sobretudo o Ministério das relações Exteriores de Angola, estado português e o estado do vaticano.
A ministra angolana da cultura disse ainda que até dezembro as equipas terão já as primeiras amostras dos primeiros resultados. Dom Carlos Kiaziku realça as descobertas e fala na reconstrução do património da Igreja Católica no local na obra dos primeiros missionários. O bispo fala da estrutura do colégio dos Jesuítas portugueses, entre os achados, no local, que aparece na estrutura arquitetónica da antiga cidade de São Salvador.
A cidade foi fundada antes da chegada dos portugueses e era a capital de uma dinastia que governava desde 1483. O local foi abandonado durante guerras civis que eclodiram no século XVII. M'Banza Kongo foi o lar dos Menekongo, monarcas que governavam o Reino do Kongo. No ano de 1549, por influência dos missionários portugueses, foi construída uma igreja católica no local em se estabeleceu a mais antiga cristandade da África Sub-Saariana, o nome da igreja no local é nkulumbimbi. Foi elevada ao status de catedral em 1596.
O papa João Paulo II visitou a catedral em 1992.