A União dos Escritores Angolanos (UEA), garantiu esta sexta-feira que o percurso do escritor Wanhenga Xitu, terá continuidade entre a literatura Angolana.
“Os escritores angolanos debruçam-se perante a sua memória, certos de que a sua acção, enquanto intelectual profundamente ligado ao Povo, enquanto homem sábio e de grande estatura humana e intelectual terá continuidade no seio da nossa comunidade”, lê-se numa nota de condolências da UEA a que a Angop teve acesso.
A UEA afirma que Uanhenga Xitu, membro fundador da organização, era um brilhante escritor, militante das causas mais nobres e humanistas, que deixa um legado e uma responsabilidade acrescidos na missão dos escritores angolanos.
Uanhenga Xitu, pseudónimo literário de André Mendes de carvalho, nasceu em 29 de Agosto de 1924, em Calomboloca, município de Icolo e Bengo, província de Luanda. Enfermeiro de profissão, exerceu clandestinamente actividades políticas, visando a independência de Angola, tendo sido preso pela polícia colonial “PIDE” durante a luta.
Em 2006 recebeu a distinção do Prémio de Cultura e Artes, na categoria de literatura, pela qualidade do conjunto da sua obra literária, causando-lhe uma enorme surpresa.
Uanhenga Xitu foi membro da União dos Escritores Angolanos, que recentemente o homenageou, pela sua inquestionável importância dentro do cenário literário angolano.
Foi autor das obras “O Meu Discurso”, “"Mestre Tamoda”, “Bola com Feitiço”, “Manana”, “Vozes na Sanzala (Kahitu)”, “"Mestre Tamoda”, Os Sobreviventes da Máquina Colonial Depõem”, “Os Discursos do Mestre Tamoda”, “O Ministro” e “Cultos Especiais”.