A obra a ser apresentada pelo escritor e jornalista angolano José Luís Mendonça, no próximo dia 2 de Outubro, no instituto Camões, integra quatro “histórias” em géneros diferentes.
A primeira história é uma crónica intitulada “A Mancha Escura”, a segunda, “Sinfonia Inacabada”, onde o escritor chama de noveleta, a terceira, uma prosa intercalada com citações sobre a Lua, intitulada “O Lado Negro da Lua”, enquanto a última é um poema de pastores e pescadores intitulada “Do Mar e do Deserto”.
De acordo o documento, na narração “Mancha Escura”, o personagem Bentinho, percorre a história das últimas décadas de Angola, desde a resistência nacionalista, passando pelas emoções da independência do país e, posterior conflito interno.
Em “Sinfonia Inacabada”, o escritor, numa prosa poética, corrida e mas intensa, deixa aflorar, livremente, uma torrente de sentimentos, onde se cruzam a mágoa, a tristeza, a amargura e a decepção do personagem Moacir Alfredo João, que foi obrigado a “renunciar ao lado luminoso das coisas e das gentes”, mantendo os olhos fechados para sempre.
No texto “Lado Negro da Lua”, o autor intercala episódios dramáticos de grande violência e barbárie com citações de autores e cientistas sobre a Lua, conotando aqueles actos hediondos de derramamento inútil de sangue humano com o “Lado Negro da Lua”.
No poema “Do Mar e do Deserto”, o autor recorre ao diálogo para identificar os caminhos comuns e pontos de contacto entre o mar e o deserto.