Njinga a Mbande viveu durante um período em que o tráfico de escravos africanos e a consolidação do poder dos portugueses na região estavam a crescer rapidamente. O seu nome surge nos registos históricos três anos mais tarde, como uma enviada do seu irmão numa conferência de paz com o governador português de Luanda.
Após anos de incursões portuguesas para capturar escravos, e entre batalhas intermitentes, Njinga negociou um tratado de termos iguais, converteu-se ao cristianismo para fortalecer o tratado e adoptou o nome português dona Ana de Sousa.
A rainha manteve-se em paz por quase duas décadas até que, diante do plano de conquista de Angola por forças da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais, percebeu uma nova oportunidade de resistir. Traída eventualmente pelos Jagas, formou uma aliança com os holandeses, que, à época, ocupavam boa parte da Região Nordeste do Brasil. Com o auxílio das forças de Njinga, os holandeses conseguiram ocupar Luanda de 1641 a 1648.
A Rainha Njinga, do século XVII, revela a história da guerreira africana e Rainha do Congo/Angola que travou uma guerra de 40 anos contra a escravatura.
A Ministra da Cultura Carolina Cerqueira, na conferência sobre Njinga a Mbande, afirmou que a juventude deve seguir a sagacidade e a tenacidade, tornando-se em símbolo da resistência e da heroicidade da sociedade angolana.
Para melhor contribuir no desenvolvimento e afirmação do país no contexto das nações, os jovens angolanos devem ter nas figuras históricas nacionais, entre as quais a soberana Njinga a Mbande, como fonte de inspiração e exemplo a seguir, de acordo com Carolina Cerqueira.