O disco "Malalanza", de autoria do músico angolano Carlos Burity, está já à disposição dos fãs, numa primeira aparição pública no palco do Parque da Independência, em Luanda.
Numa sessão bastante concorrida, não fosse o facto de se tratar de uma das principais referências do semba angolano, Carlos Burity aproveita a presença dos fãs para manter um contacto direito e também para a distribuição dos autógrafos.
Apesar de não registar as habituais confusões quando se trata de artistas de renome no mercado angolano, o espaço recebeu, no entanto, uma moldura humana considerável que procurou obter a mais obra discográfica do autor de temas como "Minga".
Satisfeito com a presença do público e pelo facto de colocar no mercado mais um disco, Carlos Burity reafirmou, em declarações à Angop, que "Malalanza" retrata a vivência da população angolana e realça com mais intensidade a cultura nacional.
"Eu procuro trazer, na medida do possível, aquilo que aprendi com outros de outrora", realçou.
Com cerca de 10 mil cópias por se comercializar, o disco, produzido em alguns países da Europa e África, contou com a participação de compositores nacionais.
"Trabalhei com o instrumentista Correia, Carlos Timóteo, Betinho Feijó, entre outros", assegurou.
O disco tem nove temas, dos quais seis inéditos e três conhecidos, "Ngana II"," Inveja II" e "Alucase II", que ganharam uma nova roupagem.
O disco "Malalanza", laranja em língua portuguesa, foi gravado, entre outros, em semba e sungura.
Nascido em Luanda, em 1952, Carlos Burity, que iniciou a sua carreira nos anos 60, na província do Moxico, passou parte da sua vida a dedicar-se à música ao lado de nomes famosos do "Music Hall" nacional, nomeadamente David Zé e Artur Nunes.
Carlos Burity tem publicados vários álbuns, com realce para "Wanga", "Ginginda", "Carolina", "Massemba", "Zuela o Kidi" e "Paxi Iami".