O artista plástico Tomás Ana "Etona" afirmou hoje, em Luanda, que os agentes culturais têm de se engajar cada vez mais de modo a deixarem para traz a cultura de "mendicidade" para dinamizarem a actividade artística.
Em declarações à Angop, nas vésperas do 8 de Janeiro, Dia da Cultura Nacional, Etona diz que ainda se nota uma cultura de favores para fazer passar o produto artístico ao público. " Não é preciso fazer-se isso, o que deve haver é uma consciência organizada, de modo a que o produto artístico ajude efectivamente os seus criadores e os que nele trabalham", reforçou.
"Nós não temos um conjunto de artistas que assinam contratos, com frequência, com instituições empresariais e não só. Temos é um mercado de shows( êxitos efémeros de alguns criadores), como por exemplo o mercado musical", apontou.
Os artistas, os agentes e promotores devem, disse, saber realmente qual é a importância da arte para esta dinâmica actual do país.
Num momento, em que se vai comemorar o 8 de Janeiro, indicou que tem de se reflectir sobre a necessidade de se definir o perfil do artista, desde profissionais, amadores e praticantes, de modos a se saber quem é quem na arte.
"Aliado a definição do perfil do artista, os artistas devem se organizar mais para almejarem dias melhores, sendo que as entidades competentes do estado devem apoiar neste sentido", asseverou.