CD´s piratas enchem ruas bolsos dos ambulantes

2discosAlberto Zau referiu que a falta de estabelecimentos comerciais especializados está a propiciar a pirataria, pois, as pessoas interessadas em comprar discos originais não sabem onde os adquirir.

O representante da União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC) em Cabinda, Alberto Zau, defendeu a criação na província de lojas para venda de material discográfico para desencorajar a prática de pirataria, que aumenta na região a cada dia que passa.


Como não existem discotecas, os consumidores são obrigadas a adquirir CD e DVD directamente aos vendedores ambulantes espalhados pela cidade.


Para o músico Alberto Zau, a pirataria além de constituir crime prejudica financeiramente os músicos porque a obra pirateada reduz o preço e a procura pela obra original.      

Acrescentou que os custos de produção de um álbum discográfico em Angola são muito elevados, "por isso temos de dar combate serrado à pirataria com medidas administrativas e a criação de incentivos para permitir a redução dos custos de produção, transporte e de espaços especializados para venda de discos.


"A produção do disco ainda é muito cara em Angola, porque todo o material que o artista e as indústrias culturais utilizam, é importado, portanto, até chegar ao consumidor há um preço a pagar,"disse.




Sengundo jornal de Angola Alberto Zau é de opinião que se houver uma redução nas tarifas de importação de equipamentos "fonográficos e videogramas", os preços dos discos e de outros materiais podem descer significativamente. Alberto Zau asseverou que a União Nacional dos Artistas e Compositores está a desenvolver esforços junto do Governo Provincial de Cabinda e dos órgãos de fiscalização, que visam melhorar a vida profissional dos músico e de todo o sector cultural.


O director provincial em exercício da Polícia de Inspecção das Actividades Económicas, Daniel Futi, reconhece que existe na província muita pirataria "uma vez que é notória a presença de muitos jovens a deambular pela via pública vendendo discos".


Para inverter esta prática, Daniel Futi considera imprescindível o desmantelamento dos focos de reprodução discográfica, já que apreendendo simplesmente o material pirateado os vendedores ambulantes não é suficiente para desencorajar a actividade de contrafacção que tem origem em Luanda, RDC e Congo Brazaville.

Daniel Futi revelou que a Polícia de Inspecção das Actividades Económicas apreendeu 6.643 discos pirateados no ano passado, enquanto no primeiro semestre deste ano já foram apreendidos 794.