A União dos Escritores Angolanos (UEA) homenageia nesta segunda-feira, 29 do mês em curso, o escritor Uanhenga Xitu pelo seu 87º aniversário natalício, segundo avançou hoje, em Luanda, o secretário-geral em exercício Albino Carlos.
Albino Carlos, que falava à Angop no âmbito das comemorações do aniversário do escritor, informou que tendo em conta o valor que Uanhenga Xitu representa no conjunto da literatura, da cultura, da política e da sociedade civil angolana, a UEA decidiu presenteá-lo desta forma.
Neste contexto, acrescentou, associando-se a sua editora "Maiamba", serão relançadas duas das mais significativas obras do escritor, nomeadamente "Bola com Feitiço" e "Manana", por forma a se festejar com familiares, amigos e convidados.
"É uma homenagem simbólica que a UEA vai prestar à ilustre figura das letras em Angola, como uma forma de manter vivo o seu exemplo de criatividade e o seu empenho em prol da sociedade civil, bem como manter a fonte onde os jovens vão beber conhecimentos que tangem a tradição e da criatividade literária", explicou.
Para apagar as 87 velas com escritor Uanhenga Xitu, a UEA contará com a presença de trovadores, poetas, músicos e um leque de actividades, bem como a oportunidade dos jovens poderem interagir com o escritor.
Para Albino Carlos, a maior homenagem que a UEA fez ao escritor é a promoção da leitura e o estudos das suas obras. O homenageado é o único escritor que tem uma sala com o seu nome dentro da sede da UEA.
Uanhanga Xitu é o nome literário de Agostinho André Mendes de Carvalho, nascido em Icolo e Bengo, província do Bengo, a 29 de Agosto de 1924. É um dos escritores angolanos mais originais e carismáticos. Nos últimos anos tem sido objecto de estudos científicos e homenagens, não só em território angolano como em outros países.
Eminente contador de estórias populares, a narrativa de Uanhanga Xitu está despida do rigor literário, pois a preocupação primária do autor é estabelecer uma ligação semiótica com o seu povo, que o estimula a escrever. A sua vivência na senzala transformou-o num homem solidário e interessado com as necessidades humanas.
Profissionalmente é enfermeiro e exerceu clandestinamente actividades políticas, visando a independência de Angola, tendo sido preso pela PIDE durante a luta pela independência de Angola.
Uanhenga Xitu foi julgado pelo Tribunal Militar e condenado a 12 anos de prisão maior, medidas de segurança de seis meses a três anos prorrogáveis e perda de direitos políticos por 15 anos. Na prisão começou a escrever as suas histórias.
Em liberdade, manteve a sua actividade política e depois de alcançada a independência de Angola exerceu as funções de Ministro da Saúde, Comissário Provincial de Luanda e Embaixador da República Popular de Angola na Alemanha.
Em 2006 recebeu a distinção do Prémio de Cultura e Artes na categoria de literatura pela qualidade do conjunto da sua obra literária, causando-lhe uma enorme surpresa.
É autor das obras "O Meu Discurso", ""Mestre Tamoda", "Bola com Feitiço", "Manana", "Vozes na Sanzala (Kahitu)", ""Mestre Tamoda e Outros Contos", "Maka na Sanzala", "Os Sobreviventes da Máquina Colonial Depõem" e "Os Discursos do Mestre Tamoda".
Albino Carlos, que falava à Angop no âmbito das comemorações do aniversário do escritor, informou que tendo em conta o valor que Uanhenga Xitu representa no conjunto da literatura, da cultura, da política e da sociedade civil angolana, a UEA decidiu presenteá-lo desta forma.
Neste contexto, acrescentou, associando-se a sua editora "Maiamba", serão relançadas duas das mais significativas obras do escritor, nomeadamente "Bola com Feitiço" e "Manana", por forma a se festejar com familiares, amigos e convidados.
"É uma homenagem simbólica que a UEA vai prestar à ilustre figura das letras em Angola, como uma forma de manter vivo o seu exemplo de criatividade e o seu empenho em prol da sociedade civil, bem como manter a fonte onde os jovens vão beber conhecimentos que tangem a tradição e da criatividade literária", explicou.
Para apagar as 87 velas com escritor Uanhenga Xitu, a UEA contará com a presença de trovadores, poetas, músicos e um leque de actividades, bem como a oportunidade dos jovens poderem interagir com o escritor.
Para Albino Carlos, a maior homenagem que a UEA fez ao escritor é a promoção da leitura e o estudos das suas obras. O homenageado é o único escritor que tem uma sala com o seu nome dentro da sede da UEA.
Uanhanga Xitu é o nome literário de Agostinho André Mendes de Carvalho, nascido em Icolo e Bengo, província do Bengo, a 29 de Agosto de 1924. É um dos escritores angolanos mais originais e carismáticos. Nos últimos anos tem sido objecto de estudos científicos e homenagens, não só em território angolano como em outros países.
Eminente contador de estórias populares, a narrativa de Uanhanga Xitu está despida do rigor literário, pois a preocupação primária do autor é estabelecer uma ligação semiótica com o seu povo, que o estimula a escrever. A sua vivência na senzala transformou-o num homem solidário e interessado com as necessidades humanas.
Profissionalmente é enfermeiro e exerceu clandestinamente actividades políticas, visando a independência de Angola, tendo sido preso pela PIDE durante a luta pela independência de Angola.
Uanhenga Xitu foi julgado pelo Tribunal Militar e condenado a 12 anos de prisão maior, medidas de segurança de seis meses a três anos prorrogáveis e perda de direitos políticos por 15 anos. Na prisão começou a escrever as suas histórias.
Em liberdade, manteve a sua actividade política e depois de alcançada a independência de Angola exerceu as funções de Ministro da Saúde, Comissário Provincial de Luanda e Embaixador da República Popular de Angola na Alemanha.
Em 2006 recebeu a distinção do Prémio de Cultura e Artes na categoria de literatura pela qualidade do conjunto da sua obra literária, causando-lhe uma enorme surpresa.
É autor das obras "O Meu Discurso", ""Mestre Tamoda", "Bola com Feitiço", "Manana", "Vozes na Sanzala (Kahitu)", ""Mestre Tamoda e Outros Contos", "Maka na Sanzala", "Os Sobreviventes da Máquina Colonial Depõem" e "Os Discursos do Mestre Tamoda".