O editor da Mayamba Editora, Arlindo Isabel, fez esta afirmação à Angop, aquando da abertura da Feira do Livro do Campus Universitário no Camama, referiu que esta leitura diversificada não deve descurar, no entanto, a leitura especializada, caso seja formado numa determinada área do saber. Com a leitura, esclareceu, o homem desenvolve uma maior flexibilidade mental, o que faz com que seja mais disponível ao conhecimento.
"Estudos indicam que aqueles que lêem mais são muito mais maleáveis, assimilam muito mais do que aqueles que lêem pouco", ressaltou.
No entanto, Arlindo Isabel fez saber que o gosto pela leitura depende de vários factores, desde a existência de mais bibliotecas em escolas e bairros, famílias com cada vez mais rendimento, publicação de mais títulos de livros, bem como o contínuo domínio da língua portuguesa para que se tenha competência para ler e interpretar, porquanto muitos livros estão escritos neste idioma.
Por isso, apontou, vale apenas a luta pelo incentivo ao livro e a leitura tendo em conta o crescimento da população estudantil e o aumento do número de escolas no país.
"Nota-se uma diminuição do rácio crianças fora do sistema do ensino e relativamente com as que estão dentro do sistema, o que propiciará que haja mais leitores, mesmo que sejam leitores circunscritos aos seus próprios manuais escolares, pois haverá um dia que vão despertar para o lado da leitura, isto é a lúdica", asseverou.
Por sua vez, o escritor Sebastião Marques indica ser fundamental o estudante estar exposto ao saber e ao conhecimento, pois estará melhor formado e preparado para competir no mercado de trabalho.
"O Campus Universitário da Universidade Agostinho Neto, por exemplo, vai ter mais de 40 mil estudantes, logo é um espaço ideal para lançar ideias empreendedoras, pois o mercado está em constante mudança", asseverou.
O autor do livro "Empreendedorismo em Angola - entre ideias e a acção", salienta que o dinamismo do mercado angolano deve-se ao facto de que o estudante angolano vai competir com cidadãos estrangeiros portugueses, brasileiros, coreanos, ingleses, já que a economia do país é liberal.
O empregador angolano hoje, mesmo o médio empresário, ressaltou, já está a contratar técnicos estrangeiros com o fim de obter mais valia e "now how", razão pela qual, o jovem estudante angolano deve estar continuamente disposto ao conhecimento.