Os contratos futuros de petróleo para entrega em Novembro fecharam ontem em alta, sustentados pelo euro mais forte face ao dólar e pelas contínuas preocupações com a possibilidade de problemas na oferta do Médio Oriente.
A diferença entre os dois principais contratos de petróleo, conhecida como spread entre o brent e o WTI, superou os 20 dólares e analistas do “Commerzbank” afirmaram que as razões para isso são a produção nos Estados Unidos estar no seu máximo em 15 anos, enquanto no Mar do Norte demora a normalizar após as paralisações, este mês, para manutenção.
Dennis Gartman, comentador do “The Gartman Letter”, disse acreditar que o spread vai aumentar “até a situação iraniana estar de alguma forma resolvida”.
Embora, esta semana, tenha havido um acordo entre o Sudão e o Sudão do Sul que pode devolver 350 mil barris de petróleo por dia aos mercados globais, declarações feitas esta semana pelos líderes de Irão e de Israel apontam para a possibilidade de haver no futuro problemas na oferta. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, exortou, na ONU, os EUA e “outras potências globais” a estabelecerem um limite claro para a produção de combustível nuclear pelo Irão.
O Irão advertiu que se houver um ataque às suas instalações nucleares, fecha o Estreito de Ormuz, canal no Golfo Pérsico por onde passa quase um terço da oferta mundial de petróleo. O petróleo para entrega em Novembro negociado em Nova Iorque estava ontem, às 12h16 de Angola, cotado a 92,18 dólares o barril, enquanto o brent para Novembro se situava em 112,83 por barril.