O embaixador de Itália em Angola, Giuseppe Mistretta, revelou esta quarta-feira haver um grande interesse do seu país no desenvolvimento do continente africano, nomeadamente no de Angola.
Em declarações à imprensa, à margem da III Conferência Bienal sobre a democracia, que decorre em Turim (Itália), o diplomata sublinhou a percepção de haver uma «nova África», palco de grandes oportunidades e de desenvolvimento e de práticas democráticas.
O Vice-presidente de Angola deixou uma mensagem de paciência, perseverança e esperança, sabendo não ser fácil viver no estrangeiro, principalmente, na Europa que atravessa problemas "candentes".
No essencial, os representantes da comunidade solicitaram apoio aos bolseiros que perderam o direito a abrigo para evitar que abandonem os estudos.
Querem ainda isenção nas despesas alfandegárias para os que desejam regressar ao país com os seus bens, informações actualizadas sobre as oportunidades de emprego e de programas de reinserção social, bem como facilidades na aquisição de casas e terrenos para à auto construção dirigida.
Sugeriram também a criação de programas que levem adolescentes e crianças nascidas no exterior a conhecer o país, visando elevar o seu sentido patriótico, bem como o ensino na língua portuguesa no seu seio para facilitar a reinserção na sociedade aos que regressem à pátria.
Sobre Angola, Giuseppe Mistretta disse que o país é conhecido pelo seu desenvolvimento económico, razão pela qual os italianos e os europeus também devem saber mais sobre a actual realidade política e social do país.
Angola está representada na Bienal, com uma delegação chefiada pelo vice-presidente, Manuel Domingos Vicente.