O Vice-presidente da República, Manuel Domingos Vicente, disse esta quarta-feira, em Luanda, que a reflexão em torno das transformações urbanas é inevitável e que o seu planeamento continua uma prioridade do Governo Angolano
Ao discursar em representação do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, na abertura do II Fórum sobre Investimentos em Infraestruturas Urbanas em África, o Vice-presidente sublinhou que na visão das Nações Unidas espera-se que até 2030 cerca de três bilhões de pessoas, ou seja, cerca de 40 porcento da população mundial, venha ter acesso a moradias adequadas e infraestruturas como sistemas de abastecimento de água e saneamento básico.
Manuel Vicente, considerou que o investimento privado em infraestruturas aparece aqui como uma perspectiva, por um lado, e uma oportunidade, por outro, no sentido de congregar, mobilizar e fazer intervir as instituições públicas e os agentes privados afins, com vista à sua participação activa e sustentada na materialização das políticas e estratégias públicas nos diferentes domínios da organização no espaço urbano.
“Assim, teremos de ser cada vez mais inovadores na captação de financiamentos para os nossos projectos, bem como nos contratos das parcerias público-privadas para a sua execução”, sublinhou.
Segundo disse, perspectiva-se para este evento, a partilha de experiência e discussões que vão certamente concorrer para a materialização deste grande objectivo.
Para o vice-presidente, a realização deste II Fórum sobre Investimentos em Infraestruturas Urbanas em África traduz a especial atenção que é dada na actualidade à questão das infraestruturas, por constituírem a base fundamental de sustentação do desenvolvimento urbano.
E Rafael Morais coordenador da SOS Habitat foi hoje o convidado do programa discurso directo aqui na Ecclesia;
A problemática da ocupação ilegal de terrenos foi um dos aspectos abordados durante a conversa. A burocracia existente na aquisição de terrenos junto das administrações municipais foi apontada por Rafael Morais como um dos factores que alimenta a ocupação ilegal de terrenos, no país.