Um consórcio privado pretende construir 170 hotéis de duas e três estrelas em todas as 18 províncias de Angola, num investimento de USD 1.265 milhões a financiar com capitais estrangeiros.
O investimento é da Angola Business Corporation (ABC) e do Banco de Poupança e Crédito, entidades que assinaram na segunda-feira, em Luanda, um protocolo de colaboração para o financiamento deste projecto com os ingleses da Golden Peaks Capital.
Este investimento tem o aval do Ministério do Turismo e segundo fonte daquele órgão, consultada ontem pela Lusa, o projecto insere-se na estratégia do executivo de implementar “hotéis municipais”, com até 50 quartos, em localidades “sem oferta hoteleira condigna”, nomeadamente para apoiar o desenvolvimento e os potenciais investidores nessas regiões.
De acordo com informação divulgada ontem sobre o projecto, a construção dos 170 hotéis – cada um com 50 quartos – vai desenvolver-se em três fases, a primeira das quais a arrancar este ano, com 32 unidades de duas estrelas e oito de três estrelas.
Seguem-se outros 40 hotéis, de tipologias semelhantes, em 2016, e a previsão de construção de mais 90 unidades em 2017, igualmente de duas e três estrelas.
As três fases deste projecto estão avaliadas em USD 1.265 milhões.
“O sector da hotelaria e turismo dispõe actualmente de 14 mil quartos e 18 mil camas em 185 hotéis, 88 estâncias, 14 aparthotéis e seis estalagens, dando emprego a mais de 202 mil pessoas”, afirmou o secretário de Estado da Hotelaria, Paulino Baptista, em declarações publicadas pela Angop.
O país recebe anualmente 530 mil visitas, mas o sector tem como meta atingir até 2020 um milhão de trabalhadores e 4,7 milhões de turistas (acumulado), gerando dentro de cinco anos receitas equivalentes a cerca de 3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).